Se um dia desesperares,

se um dia não souberes que rumo tomar...

Espera!

Espera até encontrares

motivações que te façam superar.

Os amigos são um dos pilares mais importantes,

e depois as oportunidades surgem...

Aproveitemos as hipóteses restantes,

e não esqueçamos nunca que o tempo urge!

(Mafalda)

Se há quatro meses estava na mais profunda tristeza,

hoje posso dizer que tudo tem uma razão!

Sabias que ia ter a esperteza

de me levantar perante o teu "Não".

Há formas mais fáceis de atingir as metas...

No entanto,

não tão eficazes como ser atravessado por setas.

Setas dilacerantes que abalaram toda a minha alegria,

que rasgaram sonhos e destruíram planos.

Mas tudo o que entretanto conseguir realizar,

espero que dure por muitos e longos anos.

Fazes parte de mim, tu sabes.

Quando conseguir tudo o que está pendente...

Vamos gritar de felicidade, porque é para sempre.

Por isso, meu Amor, nunca acabes

com quem te ama incondicionalmente...

(Mafalda)

Pois... De facto não será muito apropriado dizê-lo aqui, mas pouco importa, já que não sabes o nome do meu blogue!

Parece uma quarentena de um pós-operatório... Quatro meses sem fazer amor contigo... Eternidade! Que desperdício...

Continuo sem saber se estás cá ou lá, continuo sem ti, mas as minhas vontades e os meus desejos continuam direcionados só para ti. Disse-te mais que uma vez que serias o último homem da minha vida. Brinquei com a hipótese de virar lésbica. Mantenho a primeira, afasto a segunda.

Quem melhor que a mulher para conhecer as vontades do seu próprio corpo? Não preciso de ninguém para me satisfazer, nunca precisei...

É uma realidade, que contigo nem precisava de abrir a boca para te indicar nada. Nunca foi preciso, nem antigamente, nem atualmente. Mas não te tenho mais (por enquanto), por isso continuarei fiel ao sentimento que habita no meu coração e tentarei sobreviver da melhor forma possível, até te poder ter outra vez abraçado a mim, em mim, comigo.

Fazer amor contigo era um êxtase total em que subia às nuvens com uma facilidade tal que muitas vezes pensava estar a sonhar. Adoro o teu corpo e sinto falta de o percorrer de uma ponta à outra com os meus dedos. Sinto falta de beijar a tua pele macia. Tenho saudades de te dar a mão. Sinto saudades dos momentos que passamos abraçados como se fossemos só um. Quero-te pôr creme nas costas... Abrir os sabonetes e o gel de banho... Preciso de ter o teu cheiro em mim. Preciso de me sentir novamente completa. Quero fazer amor contigo, vezes e vezes sem conta. 

Corpos suados mas felizes, cansados mas descansados, exaustos mas prontos para continuar a amar eternamente... Nunca teria isto novamente na minha vida, como nunca tive durante o tempo em que estivemos separados. Sexo não me interessa. Interessa-me fazer amor contigo. Interessa-me... E muito!

Sinto tanto a tua falta! Estou carente de ti, meu Amor...

"Matar o sonho é matarmo-nos.

É mutilar a nossa alma.

O sonho é o que temos de realmente nosso,

de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."

(Fernando Pessoa)

Pode parecer estranho o que eu vos vou pedir, mas penso que não será problemático para ninguém. Verifiquei, com muita satisfação minha, que desde que comecei este blogue tenho tido um aumento significativo de leitores. Em Abril, quando o iniciei, tive 3 leitores. Em Maio passei a ter 26. Em Junho consegui chegar a 239. Estamos em meados de Julho, e este mês já me visitaram 259 pessoas. 

Mais uma vez, a todos o meu Obrigada!

O que eu peço é simples... Acreditem em mim! Acreditem que vou concretizar tudo o que tenho em mãos. Acreditem e torçam para que eu consiga tudo e recupere a minha felicidade, a minha independência financeira. Basta acreditarem. A força dos vossos pensamentos é suficiente para me ajudar a conseguir. Uma simples gota ajuda um copo a encher... 

Podem fazer isso por mim?

Se um dia acordarmos e pensarmos que tudo vale a pena...

Se um dia pensarmos que tudo o que desejamos vai acontecer...

Se um dia desejarmos que todos os nossos sonhos se vão concretizar...

Se um dia sonharmos que somos felizes...

Ou,

Se um dia estivermos mais parados e sem vontade...

Se um dia pararmos de lutar pelo que queremos...

Se um dia quisermos recuperar o que éramos...

Se um dia recuperarmos o que perdemos...

Aí vamos gritar ao mundo que vale a pena viver,

sonhar, acreditar, lutar ou, simplesmente, 

não fazer nada e esperar!

(Mafalda)

Esta imagem não precisa de qualquer comentário adicional...

Boa noite!

Sempre ouvi dizer que "Querer é poder". Nem sempre isso é uma verdade absoluta, porque quando não depende de nós, quando não está nas nossas mãos... Nada podemos fazer para conseguir o que queremos.

No entanto, em tudo o que depende de nós, é uma verdade absoluta. Nós queremos arrancar com uma empresa em que acreditamos, e conseguimos. Nós queremos que a vida nos traga tudo o que mais desejamos, e basta-nos acreditar e manter um espírito aberto e otimista. Não devemos desistir perante as adversidades. Devemos contorná-las, aprender com elas e tentar mais uma, ou duas, ou três vezes. Todos os erros que cometemos servem para aprendermos a não os cometer novamente. Aprendemos constantemente, temos é de estar recetivos a essa aprendizagem e não desanimar. Muito menos, perante um contratempo, devemos baixar os braços e desistir.

Nós queremos sair à rua e voltar para casa com a sensação de dever cumprido, e só depende da nossa postura, da nossa forma de abordagem, da nossa convicção ao apresentarmos os projectos a quem nos está a ouvir. Tendo um aperto de mão firme, sem hesitações. Olhando nos olhos, de igual para igual. Mantendo a calma natural como se estivéssemos numa conversa de amigos. E assim se conseguem as coisas e assim se abrem as portas das casas, dos castelos e dos palácios.

Era tão bom que tudo isto se aplicasse à parte da saúde e do amor... Mas não se aplica. O que não invalida que não devamos tentar sempre ser felizes, que devamos tentar ser saudáveis ou que lidemos com as nossas doenças de uma forma positiva, realista e sem dramatizar. O espírito otimista é meio caminho para a cura das doenças e para que as recuperações sejam rápidas e eficazes. Sei do que falo. Infelizmente, no aspeto de saúde sei exactamente que a minha forma de estar na vida me ajuda nas recuperações. Dar às doenças a importância que elas têm nas nossas vidas, ou seja, mínima! Por muito graves que sejam, não são elas que nos dominam. Nós é que as devemos dominar, não lhes dando mais importância do que a necessária, apenas para as superar.

Vamos à luta, ok? Podemos bater no fundo algumas vezes, mas essas quedas apenas nos fazem crescer como seres humanos inteligentes. A idade traz experiência e sabedoria. Quanto mais velhos mais conhecimentos temos, quer queiramos ou não. Ganhamos mais à vontade e passamos pela vida com uma postura de: "O não já tenho... se tiver o sim, melhor!" E é assim que deve ser. Lutar pelos sonhos. Não ter medo. Avançar e não nos resignarmos ao ir existindo. Vivamos! Sonhemos! Afinal, a vida são dois dias...

Acabei de fazer uma segurança de tudo o que escrevo neste blogue e deu-me vontade de rir... Sabes quantas palavras já te escrevi desde que o criei? Não contando com esta publicação, já te escrevi aqui 24.867 palavras...

Depois fui ver a cópia que já fiz dos emails trocados entre nós... Sabes quantas palavras escrevemos um ao outro entre 27 de Setembro e 18 de Abril? 162.929 palavras... E ainda me falta copiar o espaço de tempo entre 16 de Julho e 27 de Setembro. Ainda não tive coragem para o fazer... E não contando com tudo o que foi escrito antes de 16 de Julho, mas que eu não guardava por ainda estar acompanhada.

Juntando o número de palavras que estão escritas ao número de palavras que dissemos, dará provavelmente um número infinito de partilhas, de confidências, de comentários, de declarações de amor. Um número imensurável de sonhos trocados, de objectivos partilhados, de planos de vida, de devaneios, de paixão e de muito, mas mesmo muito, Amor.

Porque insistes em estar calado? Já não tens necessidade de falar comigo, de me escrever, de me ouvir, de me ver, de me amar?

Estranho... Não acredito!

Não sei onde estás, não sei como estás. Até agora sabia exactamente cada passo do teu dia. Contigo de férias... não sei nada. Apenas sei que era suposto estarmos os dois de férias... Mas não estamos. 

Penso muitas vezes que tudo isto está a acontecer por alguma razão estranha. Penso algumas vezes que o destino de férias que escolheste é apenas para lhe fazeres a vontade antes de a deixares. Porque as músicas que ela escolhe para publicar só me provam que eu tinha razão quando te dizia que mais cedo ou mais tarde tudo se ia desmoronar outra vez na tua vida. Como te disse mais que uma vez neste blogue, eu não procuro a informação. Ela vem ter comigo das mais diversas formas e através das mais variadas pessoas.

Como reagirias tu se soubesses que o teu filhote vai para onde era suposto nós estarmos agora? Ficarias danado comigo e com ele? Ficarias grato por mantermos a amizade? Antigamente sabia como reagirias. Agora... nada sei.

Às vezes penso que deixei de te conhecer ou que andei enganada em relação a ti. Mas depois uma voz diz-me que estive sempre certa e que continuas a mesma pessoa, mas que aprendeste comigo a usar máscaras que tapem a sensibilidade, a ternura e o carinho que tens por mim.

Até quando, meu Querido? Se as usares durante muito tempo vais-te habituar a elas e vai ser muito complicado seres Tu novamente. 

Onde quer que estejas, espero que estejas bem.

Um beijo.

Adorava a música... adorei o filme. Acabei agora de o ver e afinal ainda não sequei definitivamente o meu saco lacrimal...

Felizmente, nós não temos esse problema, mas temos tudo o que eles sentiam. É um filme, eu sei. Mas os filmes podem acontecer na vida real. E como eu queria fazer parte do filme da nossa vida...

Boa noite, meu Amor. Fica bem.

Milhões de beijos...

Nunca te esqueças que te Adoro! 

Há um programa que eu gosto muito de ver na televisão portuguesa. Dá aos sábados depois de almoço, na SIC, e chama-se Alta Definição. É dos poucos programas que valem pelo seu conteúdo, pelo seu entrevistador e pela sinceridade dos entrevistados. Nele revelam-se pensamentos, situações, vidas, mas não no aspecto da coscuvilhice. É um mostrar genuíno do interior de quem é entrevistado.

Este programa acaba sempre com a pergunta: "O que dizem os seus olhos?". 

E hoje eu pergunto: "O que dizem os meus olhos?"...

E não sei a resposta! Penso que, actualmente, não dizem nada... Deixaram de ter o brilho que tu tanto gostavas de ver, deixaram de falar, ficaram mudos e parados no tempo, à espera, na expectativa, na dúvida, na certeza incerta. Ficaram baços, com a tua imagem retida. Ficaram quietos para não perderem todos os pequenos detalhes do teu rosto, dos teus olhos, dos teus lábios, do teu nariz, da tua covinha no queixo, dos teus sinais, de ti. Eles não se querem mexer, pois têm medo de perder a memória. Optaram por estar abertos mas sem ver, optaram por olhar apenas para o que é essencial e no resto do tempo apenas querem manter a recordação de um rosto muito amado e desejado, mas muito afastado fisicamente, longe da vista mesmo.

Seria vulgar dizer que só tenho olhos para ti... mas essa é a realidade. Posso ser vulgar, posso ser louca, mas é essa a minha verdade. Os meus olhos recusam-se a olhar seja para o que for enquanto não recuperarem o brilho que tu lhe davas. Brilho que tinham porque era um reflexo do teu brilho. Porque nós juntos, brilhávamos! E reflectíamos o que nos ia no coração de uma forma muito genuína, muito espontânea. Eramos verdadeiros, apenas isso...

E fica a pergunta: "O que dizem os teus olhos?"

Procurar, ler, pesquisar,

Conhecer poetas de que nunca ouvi falar,

tudo isto faço com vontade,

pois é a minha única hipótese de te amar.

Horas passadas a pensar em ti,

sonhos vividos agora apenas recordados.

Não troco nada do que contigo vivi,

porque é muito bom sentirmo-nos amados.

Amaste-me como nunca tinha sentido,

amei-te como nunca tinha feito,

Tudo são momentos vividos,

tudo guardo no meu peito.

Peito que transborda de amor,

amor que só contigo faz sentido.

Vamos acabar com esta dor

e recuperar o tempo perdido!

Vai... mas volta.

Volta  para o teu Lar, para o teu amor.

Como eu quero sentir-me novamente solta

e viver a vida em todo o seu esplendor.

Adoro-te!

Boa viagem...

(Mafalda)

Esta mulher que aqui está, 

espera, desespera e volta a esperar.

Espera por dias muitos felizes,

que sabe um dia vão voltar.

Esta mulher que aqui está,

deseja, ama, gosta.

Por algum motivo lhe chamaste,

muitas vezes, Tosta...

Esta mulher que aqui está,

sabe que o coração não a engana.

Sabe que o homem que aí está,

também sabe que a ama.

Esta mulher que aqui está,

não foge, não se esconde.

E deseja arduamente

que nessas férias tudo tombe.

(Mafalda)

A minha (e tua) amiga fala no "tempo"... O meu amigo virtual fala no "tempo"...

Mas o que é isso do "tempo"? O "tempo" é o hoje, é o agora, é o momento presente. Infelizmente a vida já me ensinou que, às vezes, não há "tempo"... Porque temos sempre de adiar as resoluções? Porque hesitamos tanto? Porque resistimos tanto à mudança?

Eu lido bem com a mudança, desde que seja para algo que eu quero. Posso ficar pior nuns aspectos, mas desde que esteja em paz comigo própria, estou bem. Sim, também eu estou bem. Apenas não sou feliz, mas isso tu sabes. Como eu sei que estás bem, mas não estás feliz.

Porque temos então de esperar que o "tempo" resolva aquilo que está nas nossas mãos? Porque perdemos mais minutos, mais segundos? Não somos os meninos que éramos há vinte anos atrás. Já passamos a maior parte da nossa vida. Superamos dificuldades a muitos níveis mas estamos cá, bem e vivos. 

O "tempo"... Quanto mais "tempo" teremos de deixar passar para podermos ser felizes?  Até porque o "tempo" pode surtir um efeito contrário. Eu não vou deixar de te amar, mas tu podes deixar de me amar... Como não me vês, não sentes a minha falta!

"Deixa eu acreditar que tu nunca me esqueceste,

Que essa tua alegria bazofiada é tola encenação;

Que amor maior do que o meu tu nunca viveste,

E que eu ainda mexo contigo, com a tua emoção!

Deixa eu pensar que teu dia é em preto-e-branco

E que só ao meu lado tocas um arco-íris, enfim;

Deixa, por um momento, eu enxugar meu pranto,

E acreditar que tudo o que tens é nada sem mim!

Deixa eu pensar que todas as vezes em que ficaste,

Fazendo promessas de amor, não foi um embuste;

Deixa eu acreditar que tu, um dia, já me amaste,

Ainda que isso o restinho da sanidade me custe!

Deixa eu sonhar contigo, sem culpa e sem receio,

Pra sentir, mais uma vez, meu corpo se entregar;

Deixa eu gozar agora o mais alucinante devaneio,

Deixa, amor, eu te imploro; deixa eu me enganar!"

(Lídia Vasconcelos)

"Eu não tinha este rosto de hoje,

assim tão calmo,

assim triste,

magro...

Nem esses olhos tão vazios."

(Cecília Meireles)

"Nossa maior fraqueza está em desistir.

O caminho mais certo de vencer,

é tentar mais uma vez."

"Amor romântico é quase uma utopia.

É sentir nostalgia do que nunca se sentiu.

Amor romântico é a insensatez mais sensata.

É a fórmula exata, do querer sofrer.

Uns preferem se reprimir,

Para não se sentir assim.

Outros preferem amar,

Se machucar, mas amar."

"Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.

Eu nunca fui livre na minha vida inteira.

Por dentro eu sempre me persegui.

Eu me tornei intolerável para mim mesma.

Vivo numa dualidade dilacerante.

Eu tenho uma aparente liberdade,

mas estou presa dentro de mim."

(Clarice Lispector)

 

Sabes o que eu mais estranho? Quem vai para onde vai... não publica as músicas que publica! Não faz sentido nenhum. Deveria publicar coisas alegres, felizes, não melancólicas e a dizer que está difícil e para não desistires dela... Mais uma vez... não procuro a informação. Mas confesso que gosto de a ter. Tudo continua a indicar que sabe que te perdeu. Será que esta viagem é a despedida? Ela sempre quis lá ir... estarás tu a fazer-lhe a vontade para depois saíres de consciência mais tranquila? (Estou a delirar, não liguem, deve ser do calor...).

Arranjaste uma aliada na minha amiga. Talvez por serem do mesmo signo, ela entende tudo o que supõe que tu pensas, e só diz que o tempo te trará de volta. E insiste que nunca nenhum homem me amou como tu me amas. Eu senti isso durante muito tempo... mas agora tens uma forma estranha, muito estranha mesmo, de o demonstrar!

Havia duas coisas que não podias fazer para eu continuar a estar contigo, lembras-te? Uma fizeste, deu o que deu, acabei e pediste-me para não desistir de ti, de nós, e eu cedi. Agora vais fazer a outra. Certo... já não estamos juntos fisicamente, podes fazer o que quiseres. 

Mas será que não te vai acontecer o mesmo que me aconteceu a mim quando voei para bem longe daqui? Será? Será que não vai só o teu corpo e fica cá tudo o resto? Não é possível que me tenhas apagado do teu coração, da tua cabeça... Se assim fosse, tudo teria sido uma grande mentira e eu sei que não foi. Eu sinto que tudo foi muito verdadeiro e extremamente sincero. Não era possível eu ter sido tão enganada nem tão cega. Nem ninguém conseguiria mostrar os sentimentos que tu mostravas, se não os sentisse genuinamente. 

Quatro meses separados... O que nos aconteceu, meu  Querido? Porque não somos os dois a ir lá para baixo como tínhamos planeado? Ok... alguém muito ligado a ti vai. A sorte de uns é o meu (o nosso) azar... 

Será que já consegues ir sozinho com ela para um destino como esse? Já não levas amigos atrás de ti para ajudar a passar o tempo e te distraíres? Vais estar numa de lua de mel com ela? Tens a certeza do que vais fazer? Será que já vão ao cinema os dois sozinhos? À discoteca? À praia? Jantar? Beber um copo?

Fomos felizes aqui, os dois, sozinhos. Como sempre fomos felizes, os dois, sozinhos, fosse onde fosse. Ofereço-te essa recordação...

Um beijo, Palerma!!! Até... Um dia?

Sabes o que eu tinha planeado fazer? Mandar-te em cada dia os emails que trocamos no respectivo dia do ano passado... como sabes, tenho-os todos guardados. Mas não o vou fazer. Não sou bera. Não sou má. Não te quero impor a minha presença, não quero que te recordes de mim e dos nossos momentos, por eu te obrigar a isso.

Também pensei "obrigar-te" a ser o responsável pela conta da minha nova empresa... não tinhas forma de recusar dado eu precisar de alguém de confiança e que conhecesse há muitos anos. Mas também isso não vou fazer. Aí estaria a ser mesmo muito má. Para ti e, principalmente, para mim. Nunca seria capaz de o fazer. Mas merecias... 

Se gostam de me ler, se querem que eu continue a escrever as minhas angústias, os meus pensamentos, os meus desamores...

Sem retorno... a solidão custa mais!

Agora já sei que estás bem. Mais uma vez a informação chega-me sem eu a pedir. 

Desejo-te uma excelente viagem e uma excelente estadia. Afinal vais... Espero que não tenhas deixado de cuidar de ti para ires. Mas também se deixaste, foi por opção tua. Basta de me preocupar com quem não se preocupa. Basta de pensar em quem não pensa em mim. Basta de amar quem não me ama. 

Chega. Cansei. Não tenho forças para mais...

Restava-me a ténue esperança que ias resolver nas tuas férias, por teres os dias todos livres e conseguires ter calma. Que idiota sou. No fundo eu temia que fosses. Mais cedo ou mais tarde. Afinal foi mais cedo. Que bom! É sinal que estás como queres, com quem queres, a viver a vida da forma que queres.

Felicidades para ti. 

Boa viagem.

Muito obrigada a todos os leitores que me acompanharam nestes meses.

Vou seguir a minha vida, abafar o meu coração e lutar para sobreviver neste mundo de falsidades, de ilusões e de teatro contínuo. Muito teatro mesmo!

Adeus. Até um dia...

E para as mulheres que me lêem... nunca se apaixonem por quem não está disponível. Por muitas promessas que oiçam, por muito amor que sintam, por muita paixão que haja... Esqueçam! Partam para outra. Pode não ser o que queremos, mas é o que temos. Acreditem que sei do que falo. Caí no mesmo erro duas vezes com a mesma pessoa, com um espaço de dezassete anos pelo meio.

Ou mesmo se existisse um blogue com o nosso romance...

Irias ler? Quererias recordar? 

Não sentes a falta dos meus intermináveis emails loucos que fazia questão de te enviar para que quando chegasses ao trabalho tivesses um mimo meu? 

Não sentes a falta dos telefonemas constantes em que falávamos de tudo o que nos viesse à cabeça?

Não sentes a falta da companhia sempre que andavas sozinho?

Não sentes a falta de todos os momentos, privados e públicos que tivemos?

Se calhar não comprarias o livro. Assim seria mais fácil esquecer!

Ainda bem que não descobriste este blogue. Assim não te lembras!

Tanta coisa que eu faria se te tivesse aqui comigo... 38º a esta hora, mais um dia escondida do calor abrasador que está na rua. 

O que é que não percebeste quando eu te disse 999.999 vezes que te adorava e que eras a razão da minha alegria, da minha felicidade?

"Porque te enganas,

Se é a mim que amas?..."

(Eduardo Leblanc)

Faz hoje, precisamente agora, um ano, que cheguei ao teu destino de férias para passar uns dias lá.

Dias em que a mistura de sentimentos foi enorme. Tristeza, solidão, amor, ternura, paixão, dor, alegria, angústia. Choraram-se lágrimas de dor, de raiva, de incompreensão, de traição. Não no que nos dizia respeito aos dois. Aí, estivemos um só, o mais próximo que foi possível. E houve alturas em que foi muito próximo mesmo... 

Ainda te lembras? Como poderias esquecer? Fui porque me pediste para ir, porque não podias estar duas semanas sem me ver, mas equacionei muitas vezes se teria feito bem. Ainda hoje não sei a resposta a essa pergunta...

De qualquer forma, fui. E isso merece um brinde à minha coragem em ter ido, sozinha, passar férias com o homem que eu amo, mas sem estar com o homem que eu amo.

Brindas comigo? Como tantas vezes brindaste?

Apeteceu-me sair de casa e ir apanhar ar. Sim, agora já há ar. Quente, com 30 graus de temperatura, mas as árvores já mexem. Apeteceu-me sentir o vento contra mim, os cabelos a saírem teimosamente do gancho que os queria prender, o vestido a esvoaçar e os pés a sentirem a relva fofa por baixo. Fui dar um giro com o meu cão e consegui arejar. Passei o dia todo aqui, a pesquisar coisas para o blogue, coisas que sejam sentidas por mim, porque não escrevo nem partilho nada que não sinta e com que não me identifique.

Provavelmente pensas que passei o dia todo ao sol, bem como todos os outros dias quentes que temos tido em terras lusas. Não, nada disso. Não me apetece, ando com a tensão demasiado baixa para ir para o sol sozinha. Ainda nem fui dar sangue por causa disso...

E com as ligaduras que tenho... pareceria uma zebra quando as tirasse. Mais vale esperar. Existirão mais dias quentes ao longo do ano.

Não sei onde estás hoje, dado ser o dia que é. Não sei que espécie de festejos estás a ter. Sejam quais forem... não penses em mim. Não tentes comparar o que não tem comparação. Nunca o faças, para bem da tua sanidade mental.

Mais uma vez soube as publicações feitas no fb. Não está no seu melhor... Será por ti? Tu não vês, por isso não fará muito sentido que seja. Mais uma vez se nota que sabe que te perdeu. Mas como pode ter perdido o que nunca lhe pertenceu? Porque tu não pertences a ninguém... apenas a ti. E que assim te mantenhas toda a tua vida. 

Hoje pode ser o segundo dia D... Depois de hoje, podes fazer o que quiseres. Já não tens datas para passar, dias para comemorar, momentos para celebrar. 

Idiotice da minha parte pensar isso. Ou não. Apenas o futuro poderá dizer seja o que for sobre os teus timings, a tua forma de resolveres à tua maneira. A tua forma de aguentar e pacificar as coisas...

O que me anima no meio disto tudo é que o teu Companheiro está a recuperar bem, o meu filho está nas duas semanas finais do curso, está bom tempo, desde que esteja vestida estou muito bem a nível físico, já tenho algum gosto em me arranjar, estou prestes a começar a trabalhar e tenho amigos que dizem que, finalmente, estou a viver para mim. E que para isso ajudou muito o facto de vir viver para um sítio longe do meu círculo de vida de 48 anos. Ninguém me conhece, ninguém sabe da minha vida, ninguém faz juízos de valor sobre mim. As pessoas são extremamente simpáticas e cordiais e o prédio é um descanso. Estou bem aqui, muito bem mesmo. Sinto-me calma e tranquila e nem os problemas monetários me tiram o sono. Hei-de conseguir vender a outra, mais dia menos dia. Só perceberá isto que acabei de dizer quem viva nesta zona. De resto podem pensar que são manias. Mas não são. Isto é diferente, muito diferente.

Sabes, todas as opiniões sobre ti (dos poucos que ainda perguntam se tenho notícias tuas), são para te esquecer. Eu digo que sim, que está quase, nunca digo mal de ti (não o poderia fazer nunca) mas também não entro em mais pormenores sobre os meus sentimentos. São meus e deste blogue, de mais ninguém. O que eu sinto não muda, não adianta. Melhores dias virão...

Imagens que permaneceram presentes na tua memória durante muitos anos... Será que ainda permanecem? Quero acreditar que sim. Esta e muitas outras que entretanto foram sendo guardadas bem fundo nas nossas retinas, nos nossos corações, nas nossas almas.

Bom dia para ti... Na impossibilidade de te dar os bons dias pessoalmente... aqui ficam os meus votos de bom trabalho.

Um grande beijo, Palerma.

São 23.25 e estão 30 graus. Que faríamos se estivéssemos os dois? Passeávamos à beira mar? Bebíamos a nossa bebida de eleição e que tu tão bem fazes? Fizeste tantas... ainda te lembras? E nessa altura éramos relativamente felizes. Bastava estarmos perto um do outro para estarmos bem. Mesmo com mais pessoas à volta, nós sabíamos o que ia nos pensamentos um do outro, sem ser preciso falar.

Temos tanta coisa para recordar... Temos tantos momentos só nossos, tão bons. Isso ninguém nos vai tirar, nunca! São nossos, só nossos. E é o que me resta de tanto tempo, de tanta conversa, de tanta paixão. Momentos para recordar.

Boa noite, meu Amor. Dorme bem.

Mais uma noite sozinha, sem saber de ti. A minha vida resumiu-se a isto... Querer saber e não conseguir, querer ver e não ter hipótese, querer amar-te e sermos felizes e não me deixares.

Já percebi porque estou mais triste. Está-se a aproximar a passos largos aquilo que seriam as nossas primeiras férias juntos, sem traições e sem termos de nos esconder do mundo. E cada dia a menos para essa data, mais eu penso nisso, nos nossos planos, na nossa relação exemplar, na nossa empatia, na nossa cumplicidade em tudo.

E cada dia que passa, eu sinto mais a tua falta e começo a pensar que já não significo mesmo nada para ti. Esqueceste-me. Estás a fazer a tua vida e apagaste da tua memória a pessoa que dizias ser a tua paixão, que amavas muitíssimo e que nunca tinhas esquecido ao longo dos anos. Se consegues ser feliz assim... tudo bem. Continua. 

Tenho muita pena que tudo tenha acabado. Continua a não fazer sentido, mas já não te importas comigo. Mas eu não consigo deixar de me importar contigo. Talvez porque te ame. Talvez porque sempre te amei, mesmo distante de ti.

A única coisa que me anima é escrever isto tudo. Se não dissesse o que me vai na alma... morria embuchada! E escrever para só eu ler não fazia sentido. Assim sei que tenho quem me leia, embora não perceba como ainda têm pachorra para este drama pegado. Mas a todos os que visitam o meu bloque assiduamente, um Muito Obrigada por fazerem parte da minha vida. Ilustres desconhecidos, dos mais diversos pontos do mundo, que me visitam e me "ouvem" neste rol de desabafos. Acreditem que me fazem sentir acompanhada, no meio da solidão em que se tornou a minha vida. Obrigada! Mil vezes Obrigada!

E também um grande Obrigada à Amiga que me sugeriu este blogue como escape das minhas tristezas e desilusões. Se ao princípio refutei a ideia... agora não sei passar sem ele. Obrigada, Amiga!

"Saudades!

Sim... Talvez...

E porque não?

Se o nosso sonho foi tão alto e forte.

Que bem pensara vê-lo até à morte.

Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?

Ah! Como é vão!

Que tudo isso, amor, não nos importe.

Se ele deixou beleza que conforte.

Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, amor, já te esqueci,

Para mais doidamente me lembrar

Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:

Quanto menos quisesse recordar

Mais a saudade andasse presa a mim!"

(Florbela Espanca)

"Num deserto sem água

Numa noite sem lua

Num país sem nome 

Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero

Nenhuma ausência é mais funda do que a tua."

(Sophia de Mello Breyner Andersen)

"Se me ponho a cismar em outras eras

Em que ri e cantei, em que era q'rida,

Parece-me que foi noutras esferas,

Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida

Que dantes tinha o rir das Primaveras, 

Esbate as linhas graves e severas

E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...

Toma a brandura plácida de um lago

O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,

Ninguém as vê brotar dentro da alma!

Ninguém as vê cair dentro de mim!"

(Florbela Espanca)

Não estou bem... não sei porquê, mas acordei assim. Dormi pouco e mal, sonho contigo acordada e a dormir. Parece que queres comunicar comigo de forma telepática. Parece que os teus Anjos da Guarda me querem dizer alguma coisa. Parece que os meus Anjos da Guarda estão a comunicar com os teus de alguma forma.

Logo hoje que devia estar muito satisfeita por o teu Companheiro ir regressar a casa, ao fim de um mês, estou com umas olheiras brutais e um ar triste até mais não...

Estou a ficar passada de todo. Tenho de parar com isto de uma vez por todas. Estou com uma tristeza profunda e uma desmotivação brutal em fazer seja o que for...

Quem diz que o tempo ajuda e que cura tudo... nunca amou!

Porque temos coração?

Porque bateste tão forte na minha vida?

Porque és tão importante para mim?

Porque me continuo a preocupar contigo, com a tua saúde, com a tua felicidade?

Porquê?

"Boa noite, querido. 

Sim, és e serás sempre. Não interessa a decisão que tomes ou já tenhas tomado. Posso vir a andar com muita gente ou com ninguém, só o futuro o dirá. No entanto, nunca encontrei na minha vida alguém que eu amasse tanto nem por quem me sentisse tão amada e tão apreciada como pessoa. Até pode ter sido tudo treta, mas nesse caso és um excelente vendedor porque me fizeste sentir uma pessoa linda. Fizeste com  que eu soubesse lidar com todos os meus defeitos sem ter complexos ou problemas. Tenho espelhos, sei o que valho. Daí ninguém perceber como é possível gostares de mim! Eu entendo isso. Sempre senti isso na pele, excepto contigo e com quem tu sabes. Mas nem a ele eu amei como te amei, amo e amarei a ti.

A minha auto estima está em baixo, como pudeste ver hoje. Eu estou em baixo e não queria nunca que me tivesses visto assim. Mas precisava de me despedir de ti. Precisava de te abraçar e que me abraçasses. Não queria correr o mesmo risco contigo que corri com quem tu sabes, de não o ir ver ao hospital, como tu disseste para ir, e depois já não ir a tempo... Não podia. Desculpa, mas tive de ir aí ver-te uma última vez. Não o farei mais. Despedidas feitas. Tive muita pena que não me tivesses olhado nos olhos... Sempre olhaste, hoje não. Mais uma ajuda para eu perceber que já não estás comigo! Não fui aí "jogar" como tu disseste no fim. Não querido, eu não jogo contigo. Nós jogávamos os dois juntos para o mesmo lado, mas eu não fui aí por isso. Não me conheces se pensaste que foi isso que eu fui aí fazer. Pensei que me conhecesses melhor. Sempre te disse que nunca faria dramas contigo nem ao pé de ti, certo? Às vezes chorava, mas como hoje nunca me tinhas visto e já estou a tomar as doses todas para a depressão... Precisava apenas de te abraçar e ver pela última vez. Acreditas no que quiseres. Nunca, mas nunca na minha vida te menti! Nunca, Querido. Nem nunca o farei. Porque o faria hoje, logo hoje? 

Estou mentalizada que tenho de seguir a minha vida sem ti. Quando tu me dizes que ela está a fazer tudo para ficar contigo e que estás 50% para cada lado... estás-me a dizer adeus. Desististe de nós. Pediste-me mais que uma vez para eu não desistir de ti... e agora desististe tu de nós. Espero que ela continue a fazer tudo por ti pelo resto da tua vida. E que não sofras novos dissabores e novas desilusões. Espero sinceramente que sejas feliz. Apesar de saber que ela te manipula como ninguém. É normal, não gosta de perder nem a feijões. Mas o que importa é que fiques feliz e sejas feliz. E tu sabes que isto é muito sincero. Eu só quero mesmo que tu sejas FELIZ, sempre to disse.

Eu tentei tudo para te poder proporcionar essa felicidade. Não chegou o que eu te dei. Foi pouco. Mais não sei fazer. Lamento. Ficas melhor assim, eu não te chegava. Mas tenho a noção que te dei tudo o que te podia dar, todo o meu amor, tudo.... Não podia fazer mais. Tu é que não quiseste nada meu. Dei-te pouco talvez, mas o que te dei foi sincero e do fundo do meu coração. Tentei sair da tua vida mais que uma vez e tu não me deixaste. Cedi sempre e foi sempre com o coração aberto que eu esqueci os momentos em que podias ter resolvido e não resolveste. Nunca deixei o meu orgulho sobrepor-se ao que sinto por ti. Agora desististe de nós. Tudo bem. Eu aceito. Tenho muita pena mesmo, mas cada um faz a cama onde se deita. Sozinho ou acompanhado.

Respeito as tuas decisões e acato-as como sempre fiz. Mas lamento profundamente que tenhas optado por cometer o mesmo erro duas vezes. Deve ser contágio meu... 

Continuo mal, mas vou ter de me habituar a esta minha nova realidade. Escrever-te também é um hábito que tenho de perder. Vou passar a ter o pc desligado o dia todo, em vez de o ter sempre ligado.  

Adoro-te. Vou-te adorar sempre. Nunca te esqueci durante estes anos longe de ti, e nunca esquecerei todos os momentos que passamos juntos desde o reencontro bem longe daqui. Agora recordo-os com mágoa e tristeza por terem acabado, no futuro recordá-los-ei com saudades e como momentos muito bons da minha vida. Dos melhores, senão os melhores mesmo. Bom fim de semana e que tenhas sempre tudo o que queres.  

Muitos beijinhos para ti. Tenta descansar. Estás abatido e com um ar extremamente cansado. Cuida-te, borracho. Mais ninguém o fará por ti. Pensa em ti e dorme. Precisas de paz e sossego. E a pessoa mais importante da tua vida és tu, nunca te esqueças disso. Amo-te. Muito mesmo. 

Fica bem. Boa sorte na tua vida. Mereces, apesar de me teres deixado novamente na merda. Mas mereces, eu não consigo deixar de te entender. Se não fosses tão boa pessoa diria que tinhas andado a gozar comigo. Mas eu sei como és, daí entender-te. Daí amar-te.  

Muitas vezes estou na varanda da cozinha a fumar um cigarro e espero ver o teu carro, a dar a curva, estacionar e tu a saíres de lá e a pedires-me para entrar para conversarmos.

Muitas vezes levanto-me de madrugada esperando que me venhas espreitar antes de ires trabalhar.

Muitas vezes estou em casa de manhã e espero que o telefone toque às 7.15, como todos os dias tocava.

Muitas vezes abro o meu email e espero ler algo que tu me escrevas e em que me chames Tosca.

Muitas vezes vou tomar banho ao meio dia apenas para me obrigar a não sair de casa e ir espreitar-te enquanto vagueias durante a hora de almoço.

Muitas vezes penso em passar pelo teu emprego ao fim do dia, estacionar, não te dizer nada e esperar para ver a tua reação ao veres-me.

Muitas vezes penso parar onde parava quando te esperava durante as tuas férias, bem perto da tua casa.

Muitas vezes penso em ir à Galp e esperar lá por ti, como tantas vezes fiz.

Muitas vezes penso ir à nossa rua perto da Repsol e esperar que apareças.

Muitas vezes penso ir aos sítios onde, publicamente para quem quisesse ver, mostrávamos o que sentíamos um pelo outro, onde passávamos horas a namorar, a conversar, a ser nós próprios.

Muitas vezes penso que tu pensas o mesmo.

Muitas vezes sinto-me um navio encalhado ao largo, que espera pela maré cheia para zarpar rumo ao seu lar, à sua felicidade.

E tu?

Às vezes dou por mim a dizer que és meu, ou qualquer coisa assim parecida. Detesto esse sentimento de posse. Se o digo não é por mal, acredita. Já a canção diz que "ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguém".

Tu não és de ninguém, a não ser de ti próprio. Um ser humano não possui outro ser humano. Pode possuir objetos, animais de estimação mas nunca uma pessoa. É isso que define a liberdade dos seres humanos e que nos diferencia do resto dos seres do planeta. 

Tu és livre. Livre de fazer as tuas escolhas, de viver da melhor forma, de teres os teus sonhos e os teus objetivos, e de lutares ou não para os concretizar. Tu geres a tua vida da forma que melhor te convém, dentro dos limites normais de viver em sociedade, e fazes o que queres quando queres. É a liberdade....

Só em relação às escolhas do teu coração é que não és livre para optar. Ele escolhe e tu tens de o aturar, mesmo que ele escolha quem não está contigo. Podes calá-lo mas não o consegues silenciar. Aquele sussurrar constante não te sai da cabeça. E o meu coração diz-me que tu ainda te preocupas comigo, apesar de não me procurares. Estás magoado, acredito. Embora os três meses e meio que já passaram já devessem ter amenizado a mágoa. Espero que agora não seja o orgulho a falar, porque quem ama não deve desperdiçar oportunidades por orgulho... Mas eu continuo a sentir que o que vivemos não se esquece por meia dúzia de palavras idiotas que eu disse. 

Não me procuras porque não queres ou porque pensas que estou a seguir a minha vida sem pensar em ti. Ou não pensas, uma vez que me conheces como ninguém... Não me queres procurar para me dares espaço para eu te esquecer? Como se isso fosse possível! E tu sabes que não o farei nunca. Disse-to várias vezes ao longo do tempo. O que eu sinto por ti não se esquece. O que tu sentes por mim não se esquece. Aprende-se a lidar com a separação, mas o coração não nos dá liberdade de opção...

O que ainda me faz mais confusão é como é que resistes sem saber nada de mim? Tu, que sabias as 24 horas do meu dia, quer a nível físico quer a nível emocional? Como aguentas? Também não terias como saber, já que não temos amigos em comum. Terias de me procurar para conseguires saber como estou, como estão os que me rodeiam, como está a minha vida, as minhas vendas, a minha saúde...

Resta então a conclusão que não me procuras... porque não queres. É a liberdade...

Se virem vazio nos meus olhos? Não se preocupem, fui apenas eu que me esqueci de manter os pés na terra e fui obrigada a acordar para a vida da forma mais dura ...

Se me virem impaciente, triste, angustiada? Não se importem, fui apenas eu que esperei algo que chegou e que, uns tempos depois, partiu para o lugar de onde tinha vindo...

Se virem mágoa e angústia no meu rosto? Não liguem, fui apenas eu que me permiti ser desiludida mais uma, duas, três vezes...

Eu é que me esvaziei, eu é que acreditei, eu é que pensei que valeria a pena tudo o que se passou (apesar de por vezes ir contra os meus próprios princípios), e que o fim justificaria os meios...

Se me magoei, se me desiludi, se estou triste, se estou angustiada, se estou vazia, se estou impaciente... a culpa é apenas minha, pois vivi a ilusão de que podia ser feliz e de fazer feliz a pessoa que eu amo...

Às vezes, as coisas não correm como nós esperamos, mas não deixei de ser EU a criar as expectativas, a sonhar, a tomar as atitudes, a viver perigosamente...

Sabes o que eu penso muitas vezes? Quiseste "aguentar" um casamento que não faz sentido. Desde o momento em que há terceiras, quartas, quintas, sextas e "n" pessoas num casamento, ele deixa de fazer sentido. Seja de que parte for, seja por que motivo for. Uma paixão, uma relação estritamente sexual, um encantamento...

Um casamento, ou qualquer relação, tem de assentar numa base de verdade, de sinceridade, de transparência. Quando isso falta e há outras pessoas, o casamento, a relação, deixa de fazer sentido. Porque quando um casamento, ou uma relação está bem... não há espaço, não há lugar, para desviarmos as nossas atenções para outros lados, nem que à nossa frente apareça a melhor pessoa do mundo! Não há espaço para gostarmos de atenções por parte do sexo oposto, seja em que circunstância for. Fugimos disso, porque não queremos confusões com a pessoa que amamos. Tu sabes que é assim!

Desde há muito que há outras pessoas na tua vida... Eu bati mais forte, não me esqueceste e voltaste. Mas houve mais pessoas antes de mim e enquanto estivemos separados. Provavelmente vai haver mais pessoas. Eu sei de todas, tu disseste-me. Eu conheço tudo sobre ti, mesmo os teus relacionamentos com outras mulheres. Não entendes que, na esperança de não a deixar sozinha, a deixas constantemente sozinha? Dizias-me que ela ia ficar sozinha e que não sabia tratar de nada, e que não conseguia safar-se sozinha... "A necessidade aguça o engenho", sempre foi uma realidade. Quem tem esperteza para umas coisas... também se safa nas outras. Mas é bom fazer de dependente, de ignorante em certos assuntos, de forma a que não nos fuja a muleta... Eu nunca gostei de ter muletas, sempre fui à luta, sempre resolvi as minhas coisas. Bem ou mal, mas resolvo. E se fizer mal, para a próxima farei melhor. Faz parte do crescimento como pessoa, como ser humano independente e autónomo.

Tu não estás nessa relação como devias estar, ela não sabe nada da tua vida "exterior", não és tu, não és feliz. Pelo menos assim o dizias... Ou será que agora, com essa nova abertura, lhe contaste tudo, mesmo tudo? Não... Disseste-me que não contaste sobre nós há vinte anos atrás, por isso suponho que não tenhas contado das tuas outras escapadelas.

Para manter uma situação de aparência, de fachada, de habituação, de comodismo... será que justifica tornares tantas pessoas infelizes? Porque não és só tu que não estás feliz... é ela, sou eu, é quem gosta de mim e me vê assim, é quem gosta de ti e te vê assim. Valerá a pena o esforço que fazes? Para quê? O que pretendes provar com isso e a quem?

Dava tudo para saber o que sentes com a aproximação das tuas férias... Vais pensar nas últimas que tiveste e que disseste terem sido das melhores da tua vida? O que vai na tua cabeça, meu Querido? Tens passado muitos serões como passaste aquele que apelidaste de "o melhor serão de muitos anos"?

Tudo o que aqui escrevo já foi conversado entre nós, pessoalmente, em tempos idos. Mas às vezes tenho necessidade de voltar a escrever. Pode ser que escrevendo muitas e muitas vezes, consiga achar um sentido na nossa separação. De outra forma... não consigo, porque não faz sentido!

Podemos considerar então que vivo de uma forma muito intensa... Estranho! Porque será que me sinto a existir e não a viver? 

Recordo as 6.30 da manhã de há muitos anos. Apanhava-te na estação e íamos namorar junto ao rio até à hora de ir trabalhar. Íamos namorando sempre que possível durante todo o dia e à tarde parávamos na carruagem antes de te devolver à estação. Tempos depois, por motivos profissionais, mudou-se a rotina. Às 6.30 da manhã entravas tu na minha casa e lá ficávamos até ser hora de irmos trabalhar. Depois fartaste-te de mim e as 6.30 da manhã passaram a ser tão desinteressantes como quaisquer outras horas.

Ultimamente às 6.30 da manhã (algumas vezes) encontrávamo-nos ao pé do teu trabalho e ficávamos a namorar no carro até ao limite possível para chegares a horas ao emprego.

Agora? Às 6.30 da manhã acordo e passeio o meu cão...

Onde quer que estejas, o que quer que estejas a fazer, o que quer que estejas a pensar... passei por aqui apenas para te dizer que estou em casa (onde estive todo o dia a tentar fugir do calor abrasador que está), que te estou a escrever e que penso em ti. 

Quer queira quer não... não consigo deixar de pensar em ti.

Milhões de beijos!

Boa noite...

Até quando vais resistir a procurar-me?

Até quando vais evitar-me?

Não adianta fugires de mim...

Sabes que não se resolve assim!

Enfrenta os teus medos,

Segue os teus desejos.

Esqueceste os meus dedos,

os meus beijos?

Espero pacientemente por dias melhores,

que sei que só terei a teu lado.

Agora vivo os piores,

mas sei que também tu passas as noites acordado...

Não fujas ao nosso Destino.

Aceita o meu carinho...

(Mafalda)

O que se torna premente

é a necessidade urgente

que eu tenho em te abraçar...

(Mafalda)

Há dias assim...

Em que me sento e não sei o que escrever.

Há dias em que nada de novo sai de mim

a não ser a certeza de que te vou ter.

Quando?

Não sei...

Escrever por enquanto,

até chegar o momento que tanto sonhei.

Sentimentos verdadeiros não desaparecem,

não voam com o vento.

Resta a quem ama a prece

de acabar em breve com este tormento.

Somos um, nós sabemos.

Para quê negar as evidências?

Apesar de afastados,  

ficam sempre as reminiscências.

O que é bom não se esquece.

O que vivemos é nosso, só nosso.

Sabemos que o nosso amor não desaparece

e se for preciso esperar mais... eu posso.

Vou dormir ciente que vens.

Vou sonhar com o nosso sonho.

Fica bem, meu Amor, sabes que me tens...

Só quero acabar com este tempo enfadonho.

Amar-te é isto tudo...

Desesperar, chorar, sofrer.

Mas sei que bem no fundo,

tenho a certeza de te ter.

(Mafalda)

"Onde estás, que não respondes?

Em que mundo, em que estrela, tu te escondes?

Será que numa viagem esquisita entre nuvens feias e bonitas?

Ou no azul do mar profundo até ao fim do mundo?

Você fez da tristeza um caminho...

Da queda um passo de dança...

Do medo uma ponte...

Do sonho uma esperança...

Da procura o encontro.

E de você só restaram três coisas...

A certeza de que estava sempre começando...

A certeza que era preciso continuar...

E a certeza que te perderia antes de terminar..."

(Poema baseado na obra de Fernando Sabino, Neimar de Barros e Castro Alves)

"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,

Como as outras,

Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)"

(Álvaro de Campos)

"Eu quero amar, amar perdidamente!

Amar só por amar: Aqui... além...

Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…

Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...

Prender ou desprender? É mal? É bem?

Quem disser que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,

Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada

Que seja a minha noite uma alvorada,

Que me saiba perder... pra me encontrar..."

(Florbela Espanca)

Gostava de perceber porque dispara o meu coração sem qualquer motivo. Estou outra vez ansiosa sem saber porquê. Estaremos novamente em sintonia? Arde-me a orelha... está alguém a falar de mim. És tu? 

Dava tudo para saber o que se passa contigo...

A 27 de Setembro eu escrevi-te:

"Gosto tanto de ti que chego a ter medo... se te perder algum dia não sei se acertarei o passo novamente.... mas que isso nunca influa nas tuas decisões."

E quatro minutos depois tu respondeste-me:

"Não devias ter medo. Primeiro,  já tens cão. Segundo, eu não te largo."

A curiosidade matou o gato... Ainda bem que não sou gato!

Porque andas com o carro do teu filho? Bateste com o teu? Se sim, não há crise, o seguro paga. O que importa é que estás bem, uma vez que estás a trabalhar... Sim, fui espreitar-te outra vez. Como te disse, está a ficar complicado obrigar-me a estar longe de ti.

Não sei o que se passa. Sinto que preciso de te ver, embora não deixe que me vejas. Não me queres, não precisas de me ver. Mas eu quero-te e, como tal, preciso de te ver.

Estás bem? Esta minha atitude de ter de te ver é resultado de precisares de mim? Precisas de mim? Se precisas... diz-me. Eu estou aqui, igual ao que sempre fui para ti. A tristeza que mora em mim desapareceria imediatamente no momento em que me batesses à porta. 

Estás no teu limite ou sou eu que estou a sonhar acordada? É a aproximação do segundo semestre? É ires ter férias e teres de estar com ela 24 sobre 24? É ires para a praia e lembrares-te da última vez que lá estivemos os dois estacionados, num dia de chuva?

Devo ser parva de todo em pensar que tu pensas isto tudo... A pessoa com quem eu andei uns anos... pensaria isto tudo. Mas será que tu ainda és a mesma pessoa? Não me pareceu a última vez que te vi...

Fala comigo...

"Destino? Sim… destino. Aquele que não costuma dar segundas hipóteses. Mas deu uma segunda hipótese a Mafalda e a ele também. E Mafalda viveu momentos de felicidade genuína mais uma vez. Foi muito complicado baixar totalmente as defesas que tinha criado em torno do seu coração para se proteger contra amores como aquele que tinha sentido por aquele homem. Porque ela conseguiu isolar sentimentos de amor e de paixão e mostrar apenas os banais. Guardou-os bem no fundo do seu coração. Eram apenas recordação daqueles tempos. Não sentia nada disso desde essa altura. Não se podia permitir sofrer outra vez da forma que tinha sofrido quando ele a deixou. Criou barreiras, muros, máscaras e conseguiu sobreviver aqueles anos todos. Tornou-se mais fria e mais calculista, menos emocional e menos meiga. Sobrevivia, não se podia considerar que vivesse! 

Mas agora Mafalda tinha perdido todas as barreiras outra vez. Bastava um beijo, uma carícia, um olhar, uma frase, e ela ia baixando lentamente as suas proteções. Até que se entregou totalmente, livre, feliz. Amou e sentia-se amada por ele. Pensou que finalmente ele tinha percebido que ela era o amor da vida dele, tal como ele era o amor da vida dela. Partilharam noites, dias, horas, minutos, segundos. Sem segredos. Com uma abertura total da vida de ambos. Com uma cumplicidade e uma entrega um ao outro, como não há igual. Com uma paixão genuína e sem segundas intenções. Mas também com muitas lágrimas à mistura por causa de todas as incertezas daquela relação.

Mafalda dizia muitas vezes que o que tinha com o homem da sua vida, era o que muitas pessoas passavam a vida toda à procura e nunca encontravam. E tudo era espontâneo, natural. Enquanto juntos, conseguiam arranjar forma de superar todas as dificuldades, fossem elas de que tipo fosse. Não havia impossíveis e ambos sonhavam com uma vida juntos. Não precisavam de falar. Eles sabiam exatamente o que ia na cabeça do outro. Mesmo à distância sabiam como comunicar, sabiam o que o outro se estava a sentir. Chegavam a ir os dois ao mesmo tempo ao computador mandar mensagens um para o outro. Uma empatia brutal, quase sobrenatural. Não tinham segredos um para o outro e aceitavam todos os defeitos e virtudes como a coisa mais natural da vida. E é assim que se deve proceder quando a relação é verdadeira, quando o sentimento vem apenas do coração, quando se quer uma relação honesta e leal. E tentavam sempre ajudar-se um ao outro em todas as situações mais complicadas e que pediam um ombro disponível. E esse ombro funcionava naturalmente nos dois sentidos, bem como tudo o resto. 

Mafalda tinha tanto para dar…. E ele tinha tanto para dar. E Mafalda recebeu tanto!!! E deu tanto… Finalmente ela podia dar porque estava a dar a quem queria dar também. E ela recebia porque ele queria dar e ela queria receber. E ele recebia porque era a ele e só a ele que ela queria dar!!! 

Mafalda permitiu-se sonhar mais uma vez que ia ser feliz. E que desta vez, ao fim destes anos todos e depois de tudo o que tinha sentido, visto, ouvido e lido por parte dele… finalmente ia ser feliz. Feliz como nunca tinha sido antes de o conhecer, feliz com nunca foi desde que se separou dele.

Nunca mais na vida Mafalda amaria alguém se o perdesse. Nunca mais na vida Mafalda baixaria as suas defesas, as suas barreiras por amor a alguém. Isso, ela já tinha decidido: ele seria o último homem da vida dela. Não se podia permitir acreditar, sentir, amar e depois cair novamente. Sempre foi essa a sua vida. Bastava de dramas e de lágrimas por amor. Amiga dos amigos e nada mais. Fechada para sempre. Assim não sofreria mais. 

Tinha regressado ao teatro no seu melhor. Estava a edificar as suas barreiras novamente. Mafalda que tinha acabado com o casamento por estar farta de viver uma vida de teatro… estava novamente a representar. Os amigos já estavam fartos da novela.

Novamente Mafalda era obrigada a sobreviver por causa da família. Mais uma vez Mafalda não podia pensar nela. Tinha de se limitar a existir. Porque tudo o que ela queria para ela, o euromilhões dela… era ele. E ele já não a queria. E como a magoou ao nem sequer a cumprimentar. Quem dizia que a amava agora nem dois simples beijos na cara lhe dera. Ele odiava Mafalda por ter transtornado a vida dele daquela forma. 

E Mafalda desistiu de si. E de tudo. Limitou-se a existir, deixou de viver."

“NOZES

Uma forma diferente de dar os Parabéns… Queria dar-te uma pen com isto a cores… mas lembrei-me que o teu emprego não deve ter  portas USB para pores a pen. 

Tentei mandar por email para abrires num documento do Word… mas o ficheiro tinha anexos em demasia e não consegui enviar. 

Pensei em levar o computador e abrir este documento contigo sentado ao meu lado… mas ia desperdiçar quinze minutos de um curto e precioso tempo em que vamos estar juntos logo pela manhã. 

Também pensei em ir à Staples imprimir a cores e dar-te… mas como não vais poder guardar a não ser na tua memória… ia gastar dinheiro para ir para o lixo assim que chegasses ao trabalho. 

Queria anexar isto às 53 rosas vermelhas que te ia mandar entregar durante a manhã… mas pensei que te ias arreliar à séria e que ias rogar-me quinhentas pragas. 

Assim, restou-me imprimir a preto e branco, e anexar à prenda que com todo o amor e carinho fui comprar no domingo a Lisboa. Sei que gostas, sei que é uma coisa só nossa, mas não me importo de a partilhar com os teus colegas. 

Muitos e muitos beijinhos de PARABÉNS e que tudo se concretize como tu queres e desejas. Muitas e muitas felicidades para ti, desta tonta que te adora acima de tudo na vida. 

Fica bem. Bom trabalho. Até mais logo. Ou na ilha americana de Samoa… ou no México. É como conseguires, sem stresses. Onde quer que estejas, pensa que eu estou contigo e que o meu pensamento e o meu coração estão contigo. E sempre estarão, independentemente de tudo o que possa vir a acontecer neste ano de 2013.

 - E aqui se deu o reencontro de quem nunca se devia ter separado…

- E claro que os anos são para comemorar com quem se Ama ao lado!!!

- E começam as férias…. Atracados na doca de Lisboa mas também além fronteiras!

- E a crise não chega a esta mesa… Nem afeta a boa disposição e as brincadeiras!

- Onde estão os nossos pés????

- E mais boa vida…

- E mais jantares…. Pés????

- E mais um bocadinho juntos…

- Mas tudo o que é bom acaba um dia!

- E depois inventam-se mais passeios…

- Berço da Nação… Oportunidades curtas para relembrar o nascimento de algo que nunca se perdeu no tempo. Algo que só nós sabemos, sentimos e entendemos. Não nos peçam explicações, porque o que nós temos não se explica: Vive-se! Sente-se!

- E este olhar mata-me!!!

- Sempre muito juntos… mas ainda separados!

- E mais 5 minutos de privacidade.

- E lá está o íman a funcionar em pleno…

- E continuam-se a inventar passeios…

- E continua-se a manter as aparências…

- Começa-se a ficar cada vez mais perto…

- E mesmo ao lado…

- E só faltou saltarmos para cima um do outro!

- E mais pertinho ainda…

- E o auge da loucura…

- E depois juizinho meninos!

E o resto de Nozes cabe-te a ti contar. Apenas quero que sejas Feliz, que tenhas um excelente Dia de Anos e que 2013 te traga a coragem de concretizar todos os teus sonhos. Antigos e novos. Todos, mesmo! Amo-te, Palerma! Nunca vou deixar de te Amar, de te Desejar e de te Querer. Milhões de Beijos."

(Não podia publicar as fotos que iam neste documento por razões óbvias. Cada " - " corresponde a uma)

Há quantos dias não te digo? Há quantos dias não me dizes? Tens contado? 

Também este título podia ser o nome do blogue. 

Dei por mim a pensar que tenho alguns convites para passar férias em alguns sítios do Algarve, já que me recuso a ir para a casa onde tive oportunidade de dormir o mais próximo de ti que me foi possível (está à venda por isso mesmo, nada mais)... Mas depois penso: "E se o encontrar nesses sítios?" O que faço? Fujo? Digo Olá e sigo o meu caminho? Não consigo fazer isso. Ou melhor, consigo, usando a minha frieza toda... mas depois fico de rastos o resto do tempo. Valerá a pena sair do meu conforto, do nosso lar, para ter bastante probabilidade de me encontrar contigo? Ainda por cima os convites coincidem com as "nossas" férias... 

Se eu aqui evito sair aos fins de semana para não te encontrar... fará sentido ir passar férias com amigos e encontrar-te a 300 quilómetros de distância? Fará sentido ir para sítios onde fomos os dois? Não creio. 

Estou na fase do fato de treino... só me visto para ir ao hospital e às compras, apenas porque parecia mal ir de fato de treino... Estou na fase em que não me apetece sair daqui para lado nenhum, não me apetece fazer nada a não ser pesquisar coisas para este blogue dedicado a ti e que tu nunca lerás. Que tu nunca descobrirás e não lerás porque não queres. "Que desperdício..." Tantas e tantas vezes dizíamos isso referindo-nos aos anos que passamos separados. Não seria essa a minha escolha óbvia? Tu que me conheces como ninguém? Tu que não precisavas de me ouvir para saber o que ia dizer? Tu que sabias tudo, mas mesmo tudo, da minha vida (e contado por mim...)? Tu, a quem eu me entreguei como nunca fiz com ninguém? E que desperdício continua a ser tudo isto...

Saio para passear o cão e para o que não consigo evitar. Nada me dá prazer, nada me motiva a sair. Não tenho vontade de ir ver filme nenhum, nem os que tenho aqui à espera de melhores dias. Não consigo ler, porque não passo da primeira página. Começo a ler e imediatamente começo a pensar em ti. Jogo os jogos tontos do fb. Vejo as poucas séries que dão no AXN durante o verão, e pouco mais. Casa impecável, como sempre. Isso não muda. Quando tenho filho para comer em casa, esmero-me e já cozinhei coisas bem boas que nunca tinha feito na vida. Cada vez que faço a sopa... lembro-me da que nós cá fizemos. E do antes, do durante e do depois...

Está complicado... Decididamente, é melhor ficar por aqui, escondida do mundo. Fugindo de ti, acompanhado. Prefiro recordar-te comigo.

"O meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso. Erro, admito. Aprendo, ensino. 

Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade.

Conservar algo que me faça recordar de ti, seria o mesmo que admitir que eu te pudesse esquecer."

(William Shakespeare)

Algures no mundo há quem partilhe a minha dor ou apenas tenha interesse em saber o desenrolar da minha história. Agradeço aos meus leitores e confesso que nunca pensei despertar a curiosidade de tanta gente. Não sei como me descobrem, se pelas citações, se pelas imagens,  se pelas músicas, se por um feliz acaso. Alemanha, Arménia, Irão, Bósnia, EUA, Canadá, China, Paquistão, Índia, Tailândia, França, Inglaterra, Austrália, Portugal... desculpem se me esqueci de algum. 

Dá um certo conforto saber que não estou a escrever para o boneco. Mas depois penso que se pessoas que não me conhecem me descobriram... porque não me descobres tu? Só pode ser mesmo falta de interesse. Desististe de nós. Pediste-me para não o fazer por mais que uma vez e, afinal, acabaste tu por desistir. Que pena, meu Querido. Não o devias ter feito. A não ser que estejas Feliz. Nesse caso, ainda bem que o fizeste. Mas será que estás? Podias ao menos dizer-me isso, para eu descansar e deixar de me preocupar contigo.

Obrigada a todos os que paciente e diariamente, ou quase, me acompanham neste rol de desabafos.

"Nós não somos a mesma pessoa que éramos no passado. E nem as pessoas que amamos. É uma feliz coincidência que nós, tendo mudado, continuemos a amar uma pessoa mudada."

(William Somerset Maugham)

Não devia ter ido... Mas desta vez não resisti. Precisava de te ver, de saber que estás vivo e a trabalhar. Mas a sensação é a de morrer de sede em frente ao mar. Vi-te mas não me pude chegar ao pé de ti, não te pude tocar, não te pude beijar e abraçar com toda a força do mundo.

Bolas! E mais bolas... Pelo menos sei que estás bem, senão não estarias ali. Mas não encontrei o teu carro e ficaram logo mil perguntas no ar. Chegaste mais tarde porque foste ao médico? Tens medo de pastilhas? Tens o carro na oficina? Se lá está, quem te deu boleia de manhã e quem te levará à tarde? Era eu, lembras-te? Estará avariado? Vendeste-o? 

Eu preocupo-me contigo, quer tu queiras quer não. Não consigo resistir aos meus sentimentos. Não sou como tu. Adoro-te, adorei-te e adorar-te-ei sempre. 

Bolas... como me apeteceu aparecer-te à frente! Tenho tantas saudades tuas... E depois a "Primavera" não ajudou nada...

A vida é um teatro contínuo.

Mostrar que se está bem quando não se está, dizer que sim quando se tem vontade de dizer que não, ir quando se tem vontade de ficar, rir quando se tem vontade de chorar, falar quando se tem vontade de estar calada...

Só se vive bem com defesas contínuas, com muros intransponíveis, com fachadas constantes. 

Só assim não há desilusões, falsas esperanças.

Quando se vê o que se gostava que fosse verdade em vez da realidade... nada há a fazer.

Apenas acordar para a vida e ser um excelente actor.

Ontem o meu filho virou-se para mim e disse: "Estás magra!" Como não hei-de estar? Pareço o meu cão quando eu vou de férias... apenas comemos o necessário para sobreviver. Ele não fuma nem bebe café, tem essa vantagem em relação a mim. Não ingere coisas que lhe fazem mal nem toma comprimidos para não chorar e para dormir. Nesse aspecto, é bem mais saudável que eu.

Eu não sei o que as pessoas pensam e sentem, mas suponho que ninguém gosta de estar na escuridão sobre os seres que amam. E eu só tenho isso de ti: escuridão absoluta. E devias saber que eu preciso de saber de ti. Preciso saber se estás bem, se estás bem de saúde, se estás a viver de uma forma tranquila, se dormes, se comes, se descansas o necessário, como correm as coisas no emprego, se estás sem problemas financeiros. Tudo isto me preocupa, tudo isto me apoquenta. Não saber de ti desgasta-me. Remeteste-nos a este afastamento total, a este silêncio insuportável... e isso não me dá paz. 

A pior arma com que se pode atingir alguém que se ama é a indiferença. E eu sinto-te indiferente em relação a mim. O meu coração diz-me que tens as mesmas interrogações que eu, que te preocupas com as mesmas coisas em relação a mim. Mas se assim fosse, porque não me procuras? Porque não me falas? Porque deixaste de ser meu Amigo? Os namorados que tive e que gostavam de mim, continuam meus amigos. O meu ex marido continua a falar comigo, quer por email, quer telefónica ou pessoalmente. Sim, tu não sabes, mas já me cruzei com ele três vezes. Tranquilo, sem stresses. Pessoas civilizadas comportam-se de forma civilizada. Mas tu... O que se passa, meu Querido? Tu não eras assim, nunca foste assim. Porque estás a mostrar o que não és? Não adianta... não vou deixar de pensar em ti, nem de te querer, nem de te amar, nem de te desejar. Pára! Já chega de silêncio. Por favor, diz-me que estás bem. Ou se estás bem... É só isso que eu preciso de saber. Se estás bem!

"Amar é...

sorrir por nada e ficar triste sem motivos.

É sentir-se só no meio da multidão,

é o ciúme sem sentido,

o desejo de um carinho.

É abraçar com certeza e beijar com vontade,

é passear com a felicidade,

é ser feliz de verdade!"

(Albert Camus)

"O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjugação estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano.

Isso são só referências.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca."

(Arnaldo Jabor)

Desde que mudei para aqui, talvez dada a minha situação pessoal ou mesmo a localização da casa, ou ambas as coisas, já tive mais visitas de amigos do que tinha tido nos últimos anos na outra casa. O facto de estar sozinha, de estar numa casa acolhedora, de ter sido esquecida pelo amor da minha vida, de estar com o teu Companheiro no hospital... tudo somado, faz com que os Amigos sejam uma presença constante na minha vida.

A todos, um muito Obrigada por estarem disponíveis para mim nos bons e nos maus momentos. Sem vocês, ia ser bem mais difícil continuar a remar contra as marés que me puxam para o lado oposto ao que eu quero.

Agradeço à toa, pois ninguém lê isto. Mas todos eles sabem o quão grata estou por fazerem parte da minha vida. Foi a amiga que te procurou e que me disse que nunca nenhum homem me tinha amado tanto como tu me amavas, que fez com que eu escrevesse este blogue. Não há necessidade de o divulgar. Assim escrevo e desabafo, sem preocupar ninguém por ainda estar apaixonada por ti, por ainda te amar. Sabem que não estou normal, mas nada mais do que isso.

Obrigada!

Falta-me a motivação para ir para a praia. Hoje arrastei-me e obriguei-me a ir. E depois dei por mim lá deitada, a pensar que antes tinha prazer em ir, porque antes de chegar à praia estava contigo logo de madrugada e depois de sair da praia ia ter contigo à hora de almoço. 

E depois as tardes passavam muito rápido porque estava contigo novamente à tarde...

Agora? Nada... 

Praia cheia de gente, barulho até mais não e água gelada. Prefiro a minha varanda, de onde posso sair sempre que me apeteça falar contigo. Falar contigo... como gostava que isso fosse uma realidade.

Não conseguia olhar mais para o teu espaço nos armários. Ocupei tudo, espalhei tudo o que é meu. Não tinha necessidade disso, mas não conseguia mais olhar para espaços vazios. Para vazia... já chego eu.

Suportes de gravatas para quem não tem gravatas. Surreal! Estão agora guardados nas gavetas, bem escondidos, junto da pen onde guardo tudo o que é nosso. 

Um dia sonhei em ser Feliz. Sonhei e fui deixando crescer o sonho à medida que tu correspondias, cada vez com mais intensidade, cada vez com mais dedicação, cada vez com mais envolvimento.

Continuo a perguntar-me como é possível teres deixado de sentir. Como é possível estares há três meses sem saberes nada de mim? Nem um bocadinho de curiosidade? O que fui para ti?

"... O melhor amor é aquele que acorda a alma 

e nos faz querer mais,

que coloca fogo em nossos corações

e traz paz às nossas vidas.

Foi isso que você fez comigo

e era isso que eu queria ter feito com você para sempre."

(Nicholas Sparks)

Há loucuras para as quais só tu me acompanharias... queria ir hoje ao pôr do sol tomar banho à praia, mas não tenho companhia. Está um tempo excelente, seria um daqueles dias em que chegavas, despias o fato e íamos para a praia.

O que estás a fazer? A tua ginástica? A estender roupa e a fazer o jantar? Como eu queria ter notícias do ser que amo...

Isto de ter de ir aos nossos sítios, ter de passar nos nossos sítios... é complicado. Estive na casa deserta dos meus pais, na casa deserta da minha comadre, em MNorte, bem próximo do QBaixo... Devia fugir deste país, devia emigrar para bem longe das recordações. Mas para isso teria de deixar cá a minha cabeça e o meu coração, porque senão ia acontecer como aconteceu nas mini férias...

E tu estás quase a ir de férias... eram nossas, lembras-te? Até àquele momento só eu sabia as tuas marcações. Tínhamos planos para todas. E agora? Vais seguir os planos com outra pessoa? Por favor, não vás aos nossos sítios... São nossos, apenas nossos. E num deles já devem sentir a nossa falta. Eu sinto falta de lá ir contigo... seria sinal que estávamos bem e felizes.

Quem me dera ter 250.000 euros... Resolvia grande parte dos problemas que tenho. Mas depois a minha única preocupação eras tu. E aí passava o dia todo a escrever aqui o que me apetece dizer-te e não posso porque me obrigas a estar longe de ti. E eu não gosto de impor a minha presença a ninguém. Já andei atrás quanto baste. Não é orgulho, é saber colocar-me no meu lugar. Se pensasse sequer que poderia haver uma réstia de esperança se continuasse a escrever-te, a ligar-te, a aparecer... não duvides que o faria constantemente, como sempre fiz. Mas não há. Tu estás noutra.

Quando ando no carro pareço maluquinha... Música aos berros para evitar pensar nas horas que passámos naquele mesmo carro. Naquele e em todos os outros que conduzo. Fazes parte da minha rotina diária, dos meus sítios, dos meus hábitos. Eu gritei ao mundo que te amava e agora o mundo obriga-me a estar calada.

Que saudades eu tenho de ti. Eu preciso de ti, não percebes isso?

"Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali ao seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes; na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção aos sinais. Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR!!!"

(Carlos Drummond de Andrade)

Saí da minha cadeira e do sol porque sou uma idiota que não consegue parar de pensar em ti. Hoje vai ser noite de lua cheia, e a lua vai estar muito próxima da terra. Deve ser um luar divinal. E tu vais estar a fazer o quê? A ter relações? Fazes amor com ela como fazias comigo? Sentes-te com ela como te sentias comigo? Entrega-se ela a ti como eu me entregava? Dá-te ela o prazer que eu te dava?

Eu sou uma cretina total em estar a escrever isto. Sou uma anormal que gosta de acreditar que tu ainda pensas em mim. Uma das últimas coisas que me disseste foi para eu pensar o que quisesse sobre os teus sentimentos por mim. É vago. Muito vago, mesmo. Penso que estás a fazer isto tudo para eu te odiar. Mas eu nunca vou conseguir odiar a pessoa que Amo! Embora devesse... não consigo!!!

Sou uma idiota, pois sou. Devia seguir a minha vida e calar este estúpido sentimento que me atormenta constantemente. Devia deixar de pensar em ti, como tu deves ter deixado de pensar em mim. Mas não tenho coragem (para não dizer aqui outra coisa) para abandonar o melhor sentimento que alguma vez habitou em mim. 

Por isso sou uma idiota, uma cretina, uma anormal, uma estúpida... e tudo o que mais conseguir chamar a mim própria!

SE ainda pensasses em mim... estarias por certo a pensar que estou a aproveitar a praia como nunca. Mas SE pensasses isso, estarias tão enganado... Não fui um único dia à praia, a não ser à noite para passear o meu cão. As marcas no meu corpo são muitas. Entre as inúmeras cicatrizes resultantes das nove operações, e os resíduos de um emagrecimento muito grande... não tenho nada de vistoso para desfilar na praia. Não me quero cruzar com ninguém que me diga o que me dizem os meus amigos quando cá vêm e me vêem de calções... Não há necessidade. Eu tenho espelhos em casa!

Também as outras marcas são muitas. Entre a morte de uma pessoa que me guardava no coração e que me ajudava sempre que podia e que se manteve sempre Amigo mesmo depois de termos deixado de namorar, entre a morte de uma pessoa que eu amava como filha e entre o desgosto de ter sido esquecida DUAS vezes pela pessoa que eu amo e sempre amei... Tenho marcas bem profundas em mim.

Desde há muito que caminho todos os dias para o hospital. O teu Companheiro saiu na sexta da UCIP mas está debilitado, muito debilitado. Não sei quantas semanas mais irá lá estar internado. Acabei de chegar da visita. Agora sobra para mim sozinha, tudo o que eles faziam em condições normais.

Passo os dias entre as minhas tarefas diárias, as idas ao hospital, os meus momentos de exteriorizar o que me vai na alma, a venda das casas e respectivas visitas dos pseudo interessados, e a minha varanda. Sim, este ano a praia é feita na cadeira que comprei para a varanda. Já a protegi dos olhares curiosos e é lá que eu me sinto bem para estar ao sol e disfrutar da minha casa à beira mar.

Dizem-me que não me posso isolar do mundo. Mas foi o mundo que me isolou sem eu querer ser isolada. No nosso lar sinto-me bem, muito bem. Sinto-me tranquila e em paz. Vimos tantas casas em tantos sítios... fora as que pesquisamos na net e partilhamos um com o outro. Porque estávamos a escolher a nossa casa... E estávamos sempre de acordo nos gostos, lembras-te? 

SE ainda pensasses em mim... lembrar-te-ias de tudo isso e de muito mais. 

O que perdeste por me deixares? Nada? Eu perdi muito. Perdi tudo o que me fazia Feliz. Ao menos SE ainda pensasses em mim...

"Entra, meu amor

Bom você voltar

De onde vem você

Cansado assim?

Vejo tanta dor

No teu triste olhar

Este olhar que, outrora

Se acendia só para mim.

Cala, meu amor

Fala, meu amor

É melhor você nada contar.

Venha aos braços meus

Que os abraços meus

Vão finalmente te fazer calar."

(Vinicius de Moraes)

Se hoje de manhã me queixava que as músicas me perseguiam na rádio... agora dão no telejornal! Não gostas muito dela, eu sei, mas eu sempre gostei da letra. Desde 1993... e ele tem muitas parecenças contigo, já te disse isso mais que uma vez. O que me faz gostar ainda mais!!!

E depois passo todos os dias duas vezes pelo desvio para tua casa, pela nossa bomba, pela nossa praia. Assim é muito difícil...

E acabei por usar os meus vouchers sem ti... e fizeste-me muitaaaaaaaaaaaaaa falta!

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."

(Carlos Drummond de Andrade)

(Gosto do Carlos... diz coisas muito interessantes e verdadeiras).

Como eu queria ter uma simples notícia tua. Apenas saber como estás. Sei que tens uma pseudo-futura-nora e que o teu filhote só já trabalha num sítio. Sei dele, mas não sei de ti. É a escuridão total sobre a pessoa que se Ama. É como se tivesses desaparecido do mapa. Nunca mais foste ao emprego onde te viram uma vez. Poucas palavras, foi o que me foi contado. 

Ir ver-te trabalhar pode ser uma hipótese. Mas de que me adianta? Fico na mesma sem olhar para os teus olhos e sem ver o que vai na tua alma. Porque nós falávamos com os olhos. Palavras para quê? 

Como estás? Eu bem queria deixar de me preocupar, de pensar. Mas não consigo. É mais forte que eu. Parece que o mundo inteiro me faz sempre direccionar para ti. Não falo sobre ti com ninguém, a não ser aqui. Mas tu não lês, por isso estou tranquila. Porque se lesses podias já estar numa fase em que te ririas da estupidez dos meus pensamentos, da idiotice dos meus sentimentos. Podias pensar "ela é mesmo parva, continua a gostar de mim". A pessoa com quem andei não pensaria nunca isso. A pessoa que eu vi a última vez... tem muitas probabilidades de o fazer.

Entro no carro, ligo o rádio, e parece que a minha lista de músicas escolhidas para este blogue é a lista dos locutores da Comercial... Eu gosto tanto, mas mesmo tanto, de ti. Porque não me procuras? Porque insistes em ignorar-me? Disseste muitas vezes que era no segundo semestre. Era o que o meu horóscopo previa. Será que é? Sinto a tua falta a cada momento do meu dia. Sinto a tua falta a cada segundo das minhas noites. Como eu não queria ter razão quando disse que "será o mais próximo que alguma vez dormiremos..."

Malvada esperança que não me abandona. Esperança que ainda me ames, que ainda penses em mim, que ainda seja a tua Paixão.

"Memória

Amar o perdido

deixa confundido este coração.

Nada pode o olvido

contra o sem sentido

apelo do Não.

As coisas tangíveis

tornam-se insensíveis

à palma da mão.

Mas as coisas findas

muito mais que lindas,

essas ficarão."

(Carlos Drummond de Andrade)

"Eu amei.

Eu amei, ai de mim, muito mais

Do que devia amar

E chorei,

Ao sentir que iria sofrer

E me desesperar.

Foi então,

Que da minha infinita tristeza,

Aconteceu você.

Encontrei em você a razão de viver.

E de amar em paz.

E não sofrer mais,

Nunca mais.

Porque o amor é a coisa mais triste

Quando se desfaz."

(Vinicius de Moraes)

Hoje pergunto-me se já consegues dormir descansado sem acordar constantemente. Já tens paz que te permita repousar? Eu tinha razão quando te dizia que só te fazia mal. Não te deixava teres a consciência tranquila, não te deixava comer em condições à hora de almoço, andavas sempre em stress para corresponderes às expectativas de toda a gente e nunca te descaíres com nada. Eu fazia-te mal, daí tu me teres eliminado da tua vida. Há um amigo meu que diz que "O que não nos faz feliz... não nos faz falta." Eu não te fazia feliz, e a prova disso é que não te faço falta.

Mas a inversa não é verdadeira, tu sabes. Apesar de eu chorar muitas vezes, tu fazias-me muito feliz. Logo, fazes-me muita falta. Mas tenho de aprender a viver sem te ter. Tenho-te no meu coração e ter-te-ei até morrer. Ele é teu, só teu. Mas não te tenho de mais forma nenhuma, como tal, tenho de parar de pensar na minha felicidade. Isso é uma utopia. E as utopias não são reais. 

"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...

E ter paciência para que a vida faça o resto..."

(William Shakespeare)

Hoje não paro... Daqui vou direta para a cama, já com o meu comprimido para ajudar a ter uma noite minimamente descansada.

Hoje enquanto passeava o meu cão, revi a minha rotina contigo. Dois carros pararam no sítio onde nós ainda paramos algumas vezes, e de cada um saiu uma pessoa. Ambas se abraçaram e beijaram. E eu tentei não olhar, mas percebi que o que se passava agora com aquele casal... já se tinha passado connosco há uns tempos. E desejei-lhes mais sorte do que nós tivemos. Tive vontade de ir ter com eles e lhes dizer para nunca desistirem do Amor. Mas iam pensar que eu era louca, por isso avancei, mas sempre com as nossas recordações bem presentes. Sempre que passo ali lembro-me. Sempre que estou aqui lembro-me. Sempre que estou acordada lembro-me. E sempre que estou a dormir sonho com as nossas lembranças.

É assim, a minha vida.

Será que és meu? Será que voltas um dia?

Tenho saudades tuas... sinto a tua falta. Em tudo! Até nas refilices...

......................

"...Saudade é amar um passado que ainda não passou, 

É recusar um presente que nos machuca,

É não ver o futuro que nos convida..."

(Pablo Neruda)

Aos poucos a vida regressa ao normal. Para toda a gente menos para mim...

Tu estás nas tuas rotinas diárias que eu sei de trás para a frente. O "único amigo" que ela teve já pode ver o que publica. E a vida segue o seu caminho normal...

Eu ando nas estradas a olhar para os carros, na esperança de ver os teus. Credo, não pensava que houvesse tantos carros iguais ao que usas diariamente. Cada um que passa por mim... o meu coração acelera na expectativa de olhar para o condutor e seres tu. Fujo dos sítios onde podes andar aos fins de semana e faço a minha vida durante a semana. Quero fugir de ter de te ver acompanhado sem ser por mim. Enquanto conseguir evitar essa dor, vou fazer tudo para a adiar...

Já não sei mais o que faça. As saudades são demasiadas. Tenho vontade de te ir ver, de te escrever, de te procurar... mas tu não queres. Tu não respondeste a nada do que te mandei, não me cumprimentaste quando fui, não quiseste estar ao pé de mim. Até parecia que eu tinha uma doença qualquer que se pudesse pegar. E tenho. Vendo bem, o meu amor por ti é uma doença para a qual não há medicamentos que resolvam.

Estás bem?

Não são necessárias mais palavras...

Hoje a minha mãe lembrou-se de me perguntar pelo meu ex-namorado... Porque me deixaste contar-lhe? Porque me deixaste descansá-los ao dizer que estava feliz com a pessoa certa para mim, com a única pessoa que me amava com todos os meus defeitos e virtudes e com a qual tinha uma comunhão total de ideais? Com um pessoa que eu amava profundamente e que me fazia sentir como nunca ninguém fez? Porque me deixaste dizer-lhes? 

O que farás tu quando, um dia, te cruzares com eles ou com o meu filho? Foges para o outro lado da rua? Baixas os olhos e ignora-los? Não os cumprimentas como fizeste comigo quando fui buscar as chaves? Em que é que te tornaste, meu Querido? Tu não és assim. Eu era a tua Paixão... Porque me trataste com tamanha indiferença? Eu Adoro-te, sabes?

Apesar de tudo, o meu maior desejo é que tu sejas Feliz. Apesar de tudo, tu mereces ser Feliz. Não te posso obrigar a continuares a amar-me, a desejar-me, a estar apaixonado por mim... mas quero-te bem, mesmo à distância.

Hoje acordei às 4 da manhã muito angustiada. Tive vontade de vir logo escrever mas resisti para não perturbar quem dormia. Mas agora já estou sozinha, já posso deixar sair tudo o que me vai na alma...

Disseste muitas vezes que ias acabar sozinho. Na realidade estar acompanhado por quem não se ama... é estar sozinho. Sempre te disse que eu estaria aqui, sempre disponível para ti, independentemente do que se passasse nos entretantos. Sozinha estou eu. Física e emocionalmente. E estou cansada, muito cansada. Tenho de me encharcar em chocolates para não emagrecer mais. Toda a gente estava a ficar preocupada com a minha magreza. Irónico...

Passei o Dia da Mãe e o dia de anos do meu pai a comer Mac no hospital, para poder estar com eles. Hoje faz anos a minha mãe e nem isso posso fazer porque o meu pai continua na UCIP. Aproveitou-se o meu dia de anos, porque consegui almoçar com os dois no restaurante e tive um jantar surpresa cá em casa, quando os meus Amigos apareceram com as coisas todas, tendo combinado previamente com o meu filho.

Mas faltaste-me sempre tu. Faltas-me sempre tu. 

Disseste muitas vezes que ia criar um buraco por estar sentada na minha chaise longue à espera que tu chegasses. Já tem buraco. Já foi virada ao contrário.... e já tem buraco novamente.

Todos os dias uso as tuas chaves sempre que não saio de carro. E vou o caminho todo a acariciar a letra já que não posso acariciar a pessoa. Isto não é vida...

Disse-te muitas vezes que só precisavas de te preocupar quando eu deixasse de me preocupar. Tu sabes isso e estás a agir assim comigo porque sabes o que representas para mim. Sabes que eu estou preocupada contigo. Mas se calhar está mesmo na altura de deixar de me preocupar. De que vale eu sentir, querer e desejar se do outro lado só obtenho vazio? 

Eu Amo-te, mas estou a ficar muito cansada...

44

Será que existe esse alguém murmurando isso?

Eu olho para o céu e penso que bem perto daqui estás tu debaixo das mesmas estrelas, da mesma lua, do mesmo céu.

E tu? Olhas para o céu e pensas em quê? Ou nem sequer olhas com medo de te lembrares de mim? Ou nem sequer pensas porque, simplesmente, já não pensas?

..........................

"Ó noite onde as estrelas mentem luz, ó noite, única coisa do tamanho do universo, torna-me, corpo e alma, parte do teu corpo, que eu me perca em ser mera treva e me torne noite também, sem sonhos que sejam estrelas em mim, nem sol esperando que ilumine do futuro."

"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." 

(Fernando Pessoa)

Era tão bom, não era?

Não estaria sozinha nem mais um dia. Saberia se estás bem. O Companheiro estaria em casa. Venderia as três casas que estão encalhadas. Compraria esta. Teria dinheiro para viver tranquila. Saberia se estás a usar o teu prémio em ti ou em extravagâncias de ilhas desertas. Teria o teu amor, a tua paixão, o teu desejo, a tua amizade.

Era tão bom, não era?

Há dias mais complicados. Sem motivo nenhum, apenas porque eu preciso de ti. Há dias em que sinto mais a falta dos teus carinhos, dos teus mimos, dos teus beijos. Ontem fui-me deitar e lembrei-me que tu dizias que nunca tinhas adormecido abraçado a ninguém, mas que comigo isso não constituiria qualquer dificuldade para ti.

Vejo-te no duche comigo, vejo-te cá em casa comigo, nas mais diversas circunstâncias. Vejo-te no nosso jantar a dois, com velas e muito amor e ternura. Vejo-te no dia em que me entregaram a casa e a quisemos estrear logo na hora... Nesta casa que é nossa e na qual só fomos um do outro. Se não tinhas dúvidas que viver comigo não te ia saturar, nem cansar, nem deixar desvanecer o que sentimos um pelo outro... porque fugiste?  

Se eu sou viciante... como estás sem a tua "droga"? 

Eu já não devia estar assim. Já devia estar "livre" destes pensamentos. Mas não adianta fugir à minha realidade... Tu és o Homem da minha vida. Sempre o foste, sempre o serás. Não quero mais ninguém comigo. Prefiro estar sozinha do que estar com outra pessoa que não tu. 

Disseste que eu me "revelei" quando me passei e disse meia dúzia de coisas duras e descabidas. Achas mesmo? Revelei-me numas frases? E tudo o que foi dito antes, durante e depois? O teu coração não te engana, e ele sabe que só eu te amo com a intensidade com que tu mereces ser amado. E tu sabes isso, disseste-o várias vezes. 

Gosto tanto de ti!!!

Por muito que me queiras esquecer... tens de deixar de ver o telejornal para conseguires isso! 

Se na outra casa eu me passava completamente por estar dias a fio sozinha, serões de fins-de-semana e feriados enfiada em casa... nesta nada me incomoda. Também quando saio vou sempre com o coração nas mãos, porque passo por muitos sítios onde podes estar ou por onde podes passar ao mesmo tempo que eu... e ver-te não faz parte dos meus planos. Só te quererei ver algum dia se me bateres à porta e for para entrares de vez. Será que ainda viverei nesta casa quando isso acontecer? Conseguirei eu concretizar pelo menos este sonho de ficar aqui para sempre? Todos os meus sonhos foram destruídos, ou à nascença ou uns tempos depois... Será que este se vai realizar?

Disseste-me muitas vezes que se da outra vez eu tivesse insistido... tinhas ficado comigo. Desta vez já insisti o que tinha a insistir. Não gosto de impor a minha lembrança a quem me quer esquecer. E consegues esquecer-me? Muitas vezes penso que sou uma idiota ao supor que ainda pensas em mim... Acho que ando iludida (ainda). Se pensasses e te preocupasses... procuravas-me ou procuravas saber de mim de alguma forma. Ou deixavas-me uma pastilha no carro... Ou nada, porque não é isso que tu queres para ti. 

Tinhas razão... Perdi-te. Perdi o que nunca foi meu. Só que me continuam a dizer que o que é nosso, mais cedo ou mais tarde, volta para nós. Como eu gostava que isso fosse verdade! Eu continuo a gostar de ti da mesma forma que sempre gostei. Fizeste-me baixar as defesas todas e entregar-me a ti como nunca o fiz com ninguém. Isso não significada nada para ti? Conheces-me como ninguém mas também eu pensava que te conhecia como ninguém...

É bom poder escrever-te apesar de saber que nunca lerás nada disto. Se tivesses interesse já me tinhas descoberto... Seria fácil uma vez que são palavras nossas que usávamos tantas e tantas vezes! Mas não tens interesse, eu sei. E isso entristece-me de uma forma que tu nem imaginas. Ou imaginas, mas ignoras.

Onde estavas hoje enquanto eu estive oito horas à espera que o teu Companheiro saísse do bloco? Onde estavas no dia 2 de Maio enquanto eu estive horas à espera que o teu Companheiro saísse do bloco, pior do que quando lá entrou? Onde estavas quando a infeção apareceu e foi difícil e demorada de superar? Onde estavas na semana que passou lá?

Onde estavas durante o tempo que mediou as duas datas em que o teu Companheiro todos os dias teve de ir fazer o penso e ver se o buraco unia? Onde estavas na semana que passou novamente lá depois de uma ida às urgências em que cheguei a casa às 3 da manhã?  Onde estavas  na hora de apoiar e dizer que também tu ficaste sem  uma das partes que hoje foi tirada e que vives bem na mesma? Onde estavas, Companheiro do Companheiro? Onde estarás nas próximas duas semanas em que vai lá estar?

Onde estarás, Companheiro? Onde está o ombro quando é preciso?

Nos últimos dias tenho ido à praia passear o meu cão de forma a apanhar o pôr do sol. Sento-me na areia a fumar um cigarro, enquanto ele cava buracos para esconder a bola, e vejo o sol desaparecer no horizonte.

Oiço  a voz do mar, estou numa praia praticamente deserta com uma temperatura amena, e deixo-me envolver pela natureza e pela paz que sempre consegui obter contemplando o mar, observando o bater das ondas e admirando com um olhar perdido o horizonte onde os azuis se misturam. Não conseguiria viver num sítio sem praia. Tenho uma necessidade absoluta de mar. Sempre tive. Talvez porque é uma palavra muito parecida com aquela que me levou a escrever este blogue... mar, amar. Talvez porque tive recentemente muitos momentos sublimes nas mais variadas praias. Talvez porque estar na praia me faz sentir mais próxima de ti. Estive anos seguidos a ir à praia contigo. Apesar de não estares ao meu lado fisicamente... continuas em todas a minhas recordações recentes de idas à praia. Ou simplesmente nas lembranças de ir namorar para a praia...

Mas nada disto saberás, porque tu já não queres saber de mim. Já não te preocupas comigo nem com os meus. Três meses... Perdi-te. Como te disse no último email que te enviei, nenhum dos meus amigos do dia a dia está a par do que me vai na alma. Quem sabe a minha vida são os três ou quatro leitores que acompanham as minhas publicações: a amiga que me fez criar este "diário de desabafos", a amiga a quem eu pedi para entrar para ver se uma aplicação funcionava, e dois ilustres desconhecidos com uma paciência infinita para todos os dias verem qual o próximo passo da novela. A todos, o meu muito obrigado por acompanharem a minha vida que nada de interessante, nem de novo, tem para contar. Com muita pena minha...

Uma verdade absoluta... Eu estou na última parte da frase de Osho. É mesmo muito triste pensar em tudo o que podíamos estar a fazer juntos, felizes e contentes como nos sentíamos quando estávamos os dois, e estar a sobreviver sozinha. E continuar na mais profunda das escuridões no que te diz respeito. Estás bem? Ainda estás bem? Estás feliz? Se eu soubesse que estavas... era bem mais fácil para mim. 

Informações que não procuro chegam-me constantemente. Sei que alguém anda feliz e contente porque todo o sector masculino do novo emprego anda louco com a nova funcionária. Mas eu queria era saber de ti. E essa informação não me chega de forma nenhuma. Viram-te à hora de almoço... estavas como sempre. Sozinho. Como eu estou... sozinha.

Será que um dia estaremos novamente acompanhados? Será que ainda posso aspirar a ser novamente feliz? Será? Tantas interrogações que não têm resposta. Será que um dia vão ter? Será?

Carpir, catarse, drama... A minha escrita tem sido tudo isso. A minha escrita tem tido tudo isso.

Eu não sou assim, não posso continuar assim, recuso-me a ser assim. Tenho coisas bem mais importantes com que me preocupar e tenho de deixar de pensar em mim. Afinal, fiz isso toda a minha vida, não sei porque agora seria diferente! Sempre pus os outros à minha frente, sempre vivi em função do bem estar dos outros. Tempo para mim? Aquele que eu usava para chorar longe de toda a gente, nos mais diversos sítios e nas mais variadas situações.

Só pensei em mim a 100% quando estava contigo. Porque tu assim me obrigavas, tu assim me motivavas. Porque ao pensar em mim pensava em ti, pensava em nós. Nós éramos apenas um, daí eu não ter qualquer dificuldade em pensar em mim e estar feliz. Porque estava a pensar em ti e na tua felicidade. É isso o Amor. Era isso o que nós tínhamos.

Mas tu já não me queres, estás bem sem mim, e é essa a minha realidade. Não seguiste o teu coração. Eu segui o meu e dei-me mal, muito mal. Fui muito feliz enquanto durou, mas depois virou um drama pegado, porque nunca pensei que acabasse. Tinha medo que acabasse, tinha medo que tu não desses o click, mas nunca acreditei que não desses. Tinha medo mas confiava em ti e em que não nos falharias pela segunda vez...

Pensei que, depois do dia D, teria forças para continuar a copiar os 999.999 emails que trocamos para o meu documento do Word. Pensei que poderia estar imune aos sentimentos que lá estavam escritos e descritos ao pormenor. Pensei que não me afectariam mais... 

Como estava enganada, credo! Está-me a afectar profundamente ler e reviver tudo, os momentos bons, os maus, tudo. Parei porque não consigo continuar a copiar textos onde o amor transbordava tanto que agora deixou de existir. Deixou, Querido? Esqueceste tudo o que disseste? Deixaste de sentir tudo o que sentias? Eu não... Embora devesse. Mas não consigo. Eu sou louca por ti. Sim, sou uma Tosca total, mas tu ainda és um Palerma maior por teres desistido de nós da forma que desististe, e me estares a fazer o que me estás a fazer.

Talvez esteja assim por ter dormido menos de quatro horas esta noite. Talvez esteja assim por ir estar sozinha nos próximos três dias. Talvez esteja assim porque, por muito que te armes em indiferente em relação a mim... eu não consigo retribuir esse desprendimento. 

Talvez esteja assim porque dissemos muitas vezes que nada nos separaria desta vez. E afinal estamos separados. E isso dói!

Não posso deixar de me sentir muito triste... Há um ano atrás fui acusada de ter uma pedra no lugar do coração. Hoje às duas da manhã ouvi novamente essa frase. Magoou, porque o facto de não exteriorizar não quer dizer que não sinta.

Sempre fui a "forte" da família, a desprendida, a independente. Prezo em ser assim (ou mostrar ser assim). As minhas ralações e preocupações só a mim dizem respeito e não tenho necessidade de carpir junto a quem tem tanto para se queixar e com motivos bem válidos. Manter um sorriso perante as adversidades sempre foi a minha opção perante os outros.

Sim, contigo caí, estatelei-me ao comprido e chorei muitas vezes junto dos meus amigos. Mas eu sei que eles são dos meus bens mais preciosos e os meus ombros nas minhas horas de desespero e angústia. Mas em relação a tudo o resto não gosto de mostrar que também eu estou preocupada e triste. Tento animar quem está mal... e depois, levo com um "Tens uma pedra no lugar do coração".

Ok, nada mais mesmo, me podia correr mal!

Não são precisas mais palavras. Está tudo dito...

Enganei-me profundamente. Dececionei-me totalmente. Não esperava isto de uma pessoa como tu. Conseguiste surpreender-me mais uma vez. Pela negativa, claro. Merecia mais. Nunca te fiz mal. A atitude que tiveste hoje comigo, não se tem com ninguém que um dia se disse amar. Sabes lá tu o que é isso.... fica com o que tens, que sim, isso satisfaz-te.

Perdi tempo precioso com quem não tem consideração por mim. Não esperava isto de ti. Mudaste muito nestes dois meses e meio. Para pior, claro está. Mas se assim és feliz... ótimo para ti. 

Hoje, para mim, tudo acabou e não passou de uma utopia.

Aqui fica a minha prenda...

Vinte anos que se resumem ao dia de amanhã...

Quero acreditar que vais aparecer e dizer-me: "Achas que ia deixar passar este dia? Eu não aguento mais viver sem ti!"

Estou a sonhar. E isso está-me a fazer mal, muito mal. Estou a criar expectativas onde não há espaço para criar nada. 

Sei que no teu dia estive contigo sempre que pude, quer fossem seis da manhã, quer fossem seis da tarde. Sei que, ao longo do tempo, fiz tudo o que podia para  te provar o meu amor por ti. Sei que fiz asneira no final, mas também sei que um dia te disse que ia fazer com que me odiasses para assim ser mais fácil afastares-te de mim. E parece que consegui tudo isso...

Tenho tanta pena... Nós éramos o papel químico um do outro. Porque tem de acabar assim uma história de "amor latente à espera de brotar"?  "Até um dia"... Que dia?

Já não durmo bem outra vez, nem com os comprimidos. Enquanto não chegar dia 6... não vou ter paz. E se eu fui buscar as chaves foi apenas porque não podia continuar a caminhar para a caixa do correio 3 e 4 vezes por dia. Cada vez que abria a caixa  era uma angústia brutal até ver que elas não estavam lá. Elas são tuas, sempre serão. Mas eu precisava de descansar, entende, por favor.

Provavelmente esta será uma das últimas publicações que aqui farei. Se não me disseres nada... nada mais terei a dizer.

Quero acreditar que o Pai Natal existe. Por favor, não me dececiones...

Obrigada por teres contribuído de uma forma muito intensa para eu hoje estar numa casa que me dá uma paz e uma sensação de férias constantes. A casa onde me sinto melhor desde que tenho casas. A casa que mobilei e decorei de acordo comigo própria, tendo o cuidado de saber se estava do teu agrado. A nossa casa!

Obrigada por me teres proporcionado os melhores instantes da minha vida. Digo instantes, porque ao longo destes anos todos de existência, se virmos bem, nós apenas tivemos instantes. Mas que intensos que eles foram... Mas que bons e inesquecíveis eles foram... Mas que saudades eles deixaram em mim!

Obrigada por teres entrado na minha vida e me teres feito gostar de mim, com todos os meus defeitos e virtudes.

Obrigada por todo o amor, carinho, ternura, paixão, empatia e cumplicidade que vivemos.

Obrigada por existires!

Se um dia voltares para mim, apenas te receberei de braços abertos e nada te perguntarei sobre o tempo de silêncio e afastamento a que nos obrigaste. Eu sei que ela sabe que te perdeu. Sei da publicação que fez há dois dias, e o significado da letra da canção escolhida. Sei que não lhe pertences. Não procuro informações... elas vêm ter comigo. E reconheço que fiquei satisfeita por tu não a amares.

O que te falta para dares o famoso click? Se calhar eu estou a viver ilusões, a pensar que tudo foi verdadeiro e sentido. Se calhar estou parva. Mas o meu coração diz-me que estou certa. E eu sempre segui o meu coração, mesmo caindo e tendo de me levantar com gruas.

Volta para nós. É aqui o teu lar, o teu lugar, a tua paz, o teu amor, a tua paixão e o teu desejo. Não lutes mais contra ti próprio... Chega!

No dia 11 de Abril iniciei este blogue com a cor cinzenta que refletia o meu estado de escuridão, de dúvida, de incerteza entre o branco e o preto. 

Quanto mais se aproxima a data que eu entendia como lógica para cumprires as tuas promessas... mais escuro eu devia pôr o fundo de tudo o que escrevo. Porque se nada acontecer eu vou ficar com o meu horizonte visual limitado à cor preta. Porque para se verem cores, é preciso ter alegria, felicidade, loucura, paixão, amor, desejo. E eu não tenho nada disso sem ti.

Será que tu tens cores sem mim? Sem a minha loucura, sem a minha dedicação, sem o meu genuíno interesse em fazer-te feliz? Lembras-te da união que nós tínhamos mesmo à distância? Nos últimos dias tenho tido outra vez acelerações sem motivo, tenho acordado inúmeras vezes durante a noite, apesar dos comprimidos para dormir... Estás bem?  O que se passa contigo? 

Todas as noites quando me deito, adormeço a chamar o teu nome, na ténue esperança que me oiças e venhas ter comigo. Ouves-me?

Adoro-te, Palerma. E sempre adorarei, mesmo sem te ter há dois meses e meio...

Hoje o meu ponto de interrogação é demasiado grande para o exprimir em palavras... 

Estás bem?

SEM REMÉDIO

"Aqueles que me têm muito amor

Não sabem o que sinto e o que sou...

Não sabem que passou, um dia, a Dor

À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,

Este frio que anda em mim, e que gelou

O que de bom me deu Nosso Senhor!

Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência

Que é já tortura infinda, que é demência!

Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,

A mesma angústia funda, sem remédio,

Andando atrás de mim sem me largar!"

(Florbela Espanca)

É assim que eu sou agora... Deixei de ser uma pessoa livre, alegre e divertida, e passei a ser uma pessoa triste que sobrevive sem convicções. Tenho horrores de Saudades tuas... Sinto a falta do teu cheiro, do teu sabor, das tuas palavras e do teu amor.

Porque me perseguirá tanto a solidão? Devia estar habituada... Mas continuo a odiar estar assim. Sobrevivo, claro. Já sobrevivi muitos anos sem ti. Mas não é a mesma coisa... Faltas-me tu! Apenas porque te Amo.

Agora percebi porque ganhou o Guimarães... só podia ser ele a ganhar! Trezentos quilómetros sempre a receber carícias. Carícias no caminho, no destino e na volta. Claro que não podia ser outro o resultado. Mais um sinal que a escolha local é a errada. Ou também já esqueceste as nossas viagens, o espelho retrovisor, os pés, as mãos? Esqueceste tudo isso, meu Querido?

Na véspera de um dia em que era suposto tomares uma decisão, questionaste se no dia a seguir continuarias a ser o meu Querido. Respondi-te nessa altura que o serias SEMPRE. E continuas a sê-lo, apesar de me teres magoado deliberadamente. Apesar de me teres esquecido totalmente. Apesar de ignorares o teu coração e dares ouvidos à tua cabeça que não sabe parar de pensar e limitar-se a VIVER.

Acorda para a vida! Tu não estás a viver... limitas-te a existir. E isso não é vida.

Para se atingir a catarse, é preciso passar de um estado de Felicidade para um estado de Infelicidade. Estou em catarse desde o dia 13 de Março... E penso que tudo o que me prometeste e me deste como um dado adquirido... nunca vai acontecer!

Nunca mais passaria o meu dia de anos sem ti. Nunca mais iria de férias sem ti. Passaria a gostar do Natal porque me ias ensinar a gostar dele. Nunca mais passaria um fim de ano sozinha. Nunca mais me sentiria sozinha. Estarias sempre a meu lado para tomar conta de mim, para me dares força. Nunca mais te esquecerias de ir mudar as flores ao Estoril porque eu te lembraria disso. Eu seria o teu ombro e tu o meu.

O que tenho agora? Nada... Apenas a dor de ter acreditado que íamos ser felizes juntos e constatar que, quanto muito, tu podes ser Feliz sem mim. Porque eu não sei ser Feliz sem o motivo da minha Felicidade: TU!

Por muito que tente esquecer há duas frases tuas que não me largam:

- Ela perdoa porque me ama

- Vou ter de aguentar e pacificar as coisas.

O que importa se te ama ou não? O que importa se eu te amo ou não? Quem é que tu amas? Sim, já respondeste a isso ao tomares a decisão que tomaste. Aguentar o quê? Estás onde queres estar, porque se não fosse aí... estarias comigo. Pacificar o quê? Quem tem um marido como tu não faz publicações sobre maridos no fb como ela fez há dias. Mas tu continuas a acreditar... porque amas.

Tenho muita pena, mas mesmo muita, que nunca na minha vida tivesse havido alguém com amor suficiente para lutar por mim. Uma pessoa muito importante na minha vida disse-me, dias antes de morrer, que eu era das poucas pessoas que tinha no coração. Mas o espaço que eu ocupo no coração de quem diz me amar...é insuficiente para que lutem por mim.

Tu disseste-me, há anos atrás, que eu tinha muito para dar. É um facto. Mas de que adianta dar, se o resultado é sempre o mesmo... desistires de mim, de nós!

Eu quando amo luto. Atiro-me de cabeça e vou à luta. Ia. Não irei nunca mais.

Um dia pedi aos teus Anjos da Guarda que te guiassem. Fomos os dois até lá e eu pedi-lhes que te ajudassem a ser Feliz. Pedi-lhes sem os conhecer, porque se os tivesse conhecido, ter-lhes-ia pedido pessoalmente. Que pena tenho de não ter tido a oportunidade de falar com as pessoas que tornaram possível a existência de uma pessoa como tu.

Pensei que me tinham ouvido. Tudo indicava que sim, que nos iam ajudar, guiando-te e dando-te a coragem necessária para acabares com uma vida de mentira e falsidade. Afinal só comigo tiveste uma vida transparente, verdadeira, sem segredos nem omissões. Mais abertura era impossível haver entre duas pessoas.

Hoje sei que não os escutaste. Só não sei como estás e andar aqui a escrever-te obriga-me a pensar muito mais em ti, em nós. Penso em todos os passos do teu dia, em cada dia da semana, em cada fim de semana. Onde andas? Como estás? És feliz?

Considerava-me uma pessoa minimamente inteligente... Acreditei que tudo o que me dizias ia ser a nossa realidade. Amavas-me muitíssimo, não podias passar sem mim, passavas todo o tempo longe de mim a pensar no que eu estaria a fazer, a pensar, a sentir. Preocupavas-te genuinamente com tudo o que me dizia respeito e com a saúde dos meus. Acreditei no teu Amor, na tua Paixão, na tua Dedicação.

Agora penso que afinal não sou inteligente. Agora penso que não me amavas por mim mas pelo amor que eu te dava, pelo carinho que te dei e que nunca tinhas tido, pela ternura que te ofereci a troco de nada, pela disponibilidade total para estar contigo sempre que tu querias. Porque quando eu amo sou assim. Meiga, carinhosa, intensa, viciante. Mas tu não sabias o que era isso porque nunca o tinhas sentido. Eu tinha muito para dar.... e dava-te tudo de coração aberto apenas porque te amo profundamente. Eu queria-te dar tudo o que de bom tenho para dar. E tu deliciavas-te a receber o meu amor. O que tens agora, meu Querido?

Ás vezes penso que o Pai Natal ainda existe.... Às vezes penso que este afastamento a que me obrigaste estes dois meses, faz parte de um plano teu para vires ter comigo antes do meu dia de anos. Às vezes penso que dia 26 pagas o carro com o teu prémio, deixa-la sem dívidas, num emprego novo de que gosta... e lhe dizes que afinal não consegues mesmo viver sem mim. Às vezes penso que não me dizes nada sobre o teu plano, porque tens medo de não conseguir avançar e de me desiludir mais uma vez. Às vezes penso que não vais cometer o maior erro da tua vida pela segunda vez. Às vezes penso que me amas por mim, pelo que eu sou e não pelo que eu te dava. Se esse dia chegar e o teu silêncio continuar... então o Pai Natal morreu mesmo.

Tenho muitas saudades nossas. Agora existo, estou fria, mais egoísta e quase sem dinheiro para gerir a minha vida. Nada corre bem à minha volta, desde a saúde à parte monetária. Mas estou alheia a tudo. Estou apática, vivo o dia a dia sem convicções e sem sonhos. Contava contigo para ser feliz e fazer uma vida, mas afinal estou sozinha e com um buraco no lugar onde antes existia um coração repleto de amor por ti. Bloqueei os meus sentimentos. Apaguei as memórias dos melhores momentos da minha vida. Calei a voz que teimava em se fazer ouvir. Pela segunda vez na minha vida, calei o meu coração e apenas oiço a minha cabeça. E quando ela insiste em dizer o que não quero ouvir, tomo um comprimido e durmo. Não me posso permitir pensar no amor que sinto por ti. Apenas porque não percebo o que se passou contigo. Como te tornaste tão frio e indiferente em relação a mim? Como? Estás bem, disseste. Isso não chega, meu Querido. Também eu posso dizer que estou bem. Mas não estou feliz nem estarei nunca, enquanto não perceber o que vai na tua cabeça, no teu coração. Eu adoro-te, tu sabes. E estar longe de ti e sem saber de ti enlouquece-me. Tenho de me obrigar a não pensar. Mas desta forma sinto-me vazia, sinto-me um autómato que faz o que tem de fazer e vai onde tem de ir, mas sem emoções. Vazia de emoções. Fria, gelada... Como eu queria voltar a ser Eu. E isso só consigo ser contigo, porque nunca conheci ninguém que me completasse da forma que tu me completas. Nunca conheci ninguém que amasse tanto e a prova disso, caso precises, foi o virar da minha vida ao contrário por duas vezes. Fi-lo por Amor a ti. Fi-lo por nós. Pela nossa felicidade juntos. Pelos nossos sonhos juntos.

Mas o "nós" deixou de existir há dois meses...

Escrevo para ti, porque ninguém lê o que escrevo. Ninguém sabe da existência deste blogue a não ser uma amiga e tu. Ela tem acesso... tu não. Mas assim posso dizer-te tudo o que me vai na alma sem que tu fiques magoado ou arreliado comigo. Eu amo-te, hoje e sempre! Mas isso tu sabes! No entanto, estou numa fase de tranquilidade em que já não me encontrava há muito. Ser traidora não me dava descanso, viver na incerteza estava-me a dilacerar aos poucos, ter-te sem te ter estava a consumir-me continuamente.

Agora tenho um buraco enorme no lugar do meu coração, mas pelo menos estou tranquila, sinto-me bem comigo própria e não tenho de mentir nem esconder nada. Estou triste, sim. Sinto a tua falta de uma forma profunda. Fazes-me falta. Sinto falta do teu cheiro, da tua voz, das tuas mãos... E precisava de ti para me amparares nesta fase menos boa do meu pai. Está complicado... muito complicado. E eu começo a ficar com medo, mas não me posso permitir mostrá-lo a ninguém, porque todos contam com a minha força. Também eu contava com a tua... e sei o que é perdê-la. Por isso não posso fracassar aos olhos dos que contam comigo (como tu fizeste comigo), com a minha alegria de viver (que anda tão triste), com o muito que tenho para dar (sem ter a quem). 

Preciso de ti! Não fraquejarei, mas tu és a minha força, a minha motivação, a minha alegria. Como vou conseguir continuar sem ti? Quase dois meses sem ti, sem a minha alma gémea... Eternidade!!! Desperdício brutal!!!

Amo-te, Palerma!

Semana de trabalho. De segunda a sexta, das 7.30 às 17.30. É o tempo que passas fora da nossa casa. Às quintas não, chegas mais tarde porque tens reunião. De verão chegas a casa, despes o fato e vestes os calções para irmos para a praia. De inverno despes na mesma o fato, mas vestes o fato de treino para irmos passear pela praia. 

Depois do relax pós laboral vimos para casa, fazemos o jantar, sentamo-nos à mesa a tempo de ver o início do telejornal da TVI e jantamos. Arrumamos tudo e vamos dar um giro a pé na marginal, onde paramos para beber uma caipirinha ou uma água. Vimos para casa, vestimos os pijamas e vamos para a cama, onde fazemos amor como só nós dois sabemos fazer, onde cada um completa o outro de uma forma única.

Fins-de-semana. Levantamo-nos cedo e vamos para a praia. Passeamos, tomamos banho, apanhamos banhos de sol. Voltamos para casa, fazemos o almoço, comemos e arrumamos tudo. Metemo-nos no carro e vamos passear até aos nossos sítios ou para sítios mais distantes ainda. À noite vamos ao cinema ou à discoteca. Temos jantares usuais com os nossos amigos, quer em nossa casa quer nas deles. Também temos fins-de-semana em que vamos à descoberta de lugares para estarmos só os dois, usufruindo de tudo o que perdemos nos anos passados.

E somos felizes, com uma cumplicidade perfeita, com um amor único, com uma paixão ilimitada.

Tentei fugir de ti indo para bem longe. Não saíste da minha cabeça, do meu coração, dos meus sonhos quer a dormir quer acordada. Fui, estive e voltei. Menos desesperada, mais bronzeada, mas com a mesma necessidade de ti, com a mesma preocupação contigo. Com a mesma vontade de te abraçar, de te mimar, de te acarinhar. Eu não percebo o que se está a passar na tua cabeça. Quero acreditar que estás bem e que tens um plano. Eu sei que os nossos sentimentos eram verdadeiros e sentidos. Mas agora não sei o que se passa... conseguiste baralhar-me totalmente, pois o meu coração diz que tens um plano para nós, mas a minha cabeça diz que me esqueceste.

Onde estás, meu Querido? O que estás a fazer para alcançares a tua felicidade? Fala comigo...

Que necessidade brutal que eu tenho de falar contigo. Voei para bem longe de ti e estou contigo de cabeça e coração. Apenas o meu corpo veio. Muito contrariado... mas veio. Nunca tinha estado num aeroporto para partir para um destino de eleição, sem vontade de partir. Chorei enquanto esperava e pensei em desistir, meter-me num táxi e ir ter contigo. Mas para que o faria? Não me falas, não me escreves, não me vês, não me queres.

Sempre segui o meu coração excepto desta vez. Vim! Também chorei durante o voo e choro nas mais diversas circunstâncias. Vejo-te em todo o lado. Vejo-nos a fazer tudo o que tínhamos planeado fazer juntos. Vejo-te comigo sem estares comigo. Perdi a minha alegria de viver, a minha força, a minha felicidade. Arrasto-me para onde é suposto ir, vou sem vontade.

Não posso ver casais enamorados sem as lágrimas subirem e descerem logo a seguir pela minha cara, agora bronzeada.

Sinto tanto, tanto, tanto a tua falta. E tu? Estarás tu feliz sem mim?

Adoro-te! E sinto a tua falta a cada momento. O que aconteceu ao não conseguires fugir de mim??? Porque não estamos os dois se nos amamos e se temos o que muita gente procura a vida inteira e nunca encontra?

Porquê? Porquê? Porquê?

Nada acontece por acaso! Cada vez fico mais ciente que essa é a minha realidade. Ontem via o telejornal e lembraram-se de fazer uma reportagem sobre o faroleiro do Cabo da Roca.... Estagnei e recordei. Persegues-me à distância, não há outra forma de explicar.

Hoje fiquei a saber o nome do pássaro que me vai levar, fisicamente, para longe de ti. Com tantos nomes no mundo, tinha que ter os dois nomes pelos quais és conhecido.

Já para não falar no nosso reencontro, há uns anos atrás, bem longe da nossa pátria...

Credo, não consigo fugir de ti! Cada vez durmo menos a pensar na falta que me fazes. E agora vais comigo fisicamente...

A voz que eu tenho calada dentro de mim, sem poder dizer o que sinto, o que quero, o que penso. A voz que eu tenho de abafar bem fundo no meu coração. A voz que teima em se fazer ouvir durante as noites mal dormidas que me têm acompanhado nos últimos tempos. Nem os passarinhos, as ondas e o silêncio conseguem evitar essa voz funda que me acompanha constantemente.

Sinto falta da tua Voz!

"Não se perde o que de real se conquista, ainda que a vida tome outros rumos e fiquemos, às vezes, sem achar o prumo, entre o sentir e o sermos realistas.

Só se perde o que nunca se teve enfim, as miragens da vida, a pura ilusão.

Por mais que nos maltrate a decepção, e tinja nosso peito de rubro carmim.

Entre tantos encontros e desencontros, nas idas e vindas que a vida oferece, nascerão as flores em meio aos escombros...

Pois como o dia nasce e anoitece, queimando e refrigerando nossos ombros, o que é verdadeiro jamais fenece."

(Jorge Linhaça)

Quando uma tosta mista se junta com um hamburguer, dá-se um delírio total... Momentos nossos, só nossos. O que nós temos não se cria no tempo, não se aprende a fazer. Apenas se tem quando duas pessoas iguais mas diferentes, se completam de uma forma única. Quando duas pessoas nasceram para se encontrarem e seguirem a vida juntas. Tivemos essa oportunidade duas vezes... E agora penso que se o teu maior erro foi não teres aproveitado na primeira vez.... porque desperdiças a segunda?

Leio e releio tudo o que escrevemos nos últimos nove meses. Como podes ter deixado de sentir tudo o que dizias sentir? Como é possível não me procurares, não me dizeres o que te vai na alma? Onde está a tua paz neste momento? Estás bem, disseste-o. Mas não estás feliz, porque não respondeste... Porque desististe de nós? Porque não há tu nem há eu... há "nós". Sempre houve "nós". E sempre haverá "nós"...

Pensas que a distância vai apagar? E nos outros 17 anos? Apagou?

O que temos não se consegue esquecer. Como disseste várias vezes... não consegues fugir de mim. Como eu não consigo fugir de ti!

E tantos que eu te daria... Faria um mês hoje, se tudo tivesse corrido como se desejava. Mas nada correu! Tenho uma amiga que diz que devemos seguir os nossos sonhos senão apenas existimos e não vivemos. Mas que só são sonhos os que sonhamos, não as utopias... E eu hoje sonhei contigo. Sonhei que estávamos os dois, felizes, a disfrutar do dia primaveril junto à praia. Sonhei com os teus carinhos, as tuas melguices. 

Há dias muito complicados em que sentimos que perdemos o pé e nos afogamos. Há noites muito más em que em vez de dormirmos só pensamos. Pensamos que vamos dormir sozinhos para sempre, cada um na sua casa, longe dos nossos sonhos, das nossas utopias. E depois a almofada faz-nos pensar em como estarás, em como sobreviverás sem felicidade, sem o amor que eu te dava sempre que estavas comigo. E penso em ti e penso em mim... e nada faz sentido desde há um mês.

E não se consegue dormir... e sonha-se. Acordados, a dormir, sonha-se sempre que um dia tudo vai ser normal outra vez. Mas será que chegamos vivos a esse dia?

Tenho saudades... e aqui fica o meu beijo para ti, Palerma!

Muito em breve vou voar para fora do meu mundo. Vou abrir asas e subir às nuvens à procura dos meus Anjos da Guarda. Vou-lhes pedir que me ajudem, me iluminem. Não me têm ligado muito estando eu aqui em baixo... pode ser que a proximidade os faça recordar que, num determinado momento, fizeram parte da minha vida e que eu fui importante para eles.

A mágoa continua. A saudade não passa. Queria saber como se encontra a minha árvore cujas raízes estão bem fundo no meu coração. Não há forma de as tirar. Eu bem tento e por momentos penso que consigo e que estou melhor. Mas depois tudo volta à estaca zero. Cada passo que dou traz-me a recordação dos passos que demos. Cada lugar onde estou, recorda-me onde estivemos.

Que sentido faz ser assim?

E a esta hora estarias a chegar ao sítio onde tantas vezes chegaste em busca da tua felicidade. Sempre correu muito bem, sempre foi muito bom. Momentos preciosos que agora são meras recordações. Recordações lembradas com muita tristeza, com muita mágoa, com muitas saudades. Porque esses eram os momentos que me davam alento para vencer todas as adversidades. Mimar-te, acariciar-te e amar-te eram os meus princípios de vida. 

Não se escolhe quem se quer, quem se deseja. Não podemos fugir de um destino que teima em nos pôr um em frente ao outro, seja aqui seja num lugar distante desta galáxia. Não há coincidências, tudo acontece na vida com um propósito. Porque fugimos agora da nossa felicidade? Porque não estamos agora aqui, os dois, como tantas vezes estivemos? Esta hora era nossa, desde há muito tempo. Era esta e eram todas as outras que passávamos nos mais diversos sítios. Sítios onde imperava a calma, a paz, a tranquilidade, a cumplicidade, a confiança, o amor, a paixão.

Porque não chegas?

Dizem que o tempo faz melhorar... dizem que o tempo cura, que a distância faz esquecer.

Quem diz isso não sabe do que fala. Não sabe o que é sentir a falta de, não sabe o que é sentir saudades de, não sabe o que é Amar!

Que desperdício tão grande olhar para as árvores cortadas, destruídas e postas a monte prontas para serem levadas para queimar.

Árvores que outrora nos deram sombra, conforto, paz. Árvores onde se ouviam os mais diversos chilreares dos pássaros que nelas habitavam. Árvores com ramos e folhas e flores. Árvores que nos acolhiam quando precisávamos delas. 

Mas agora tinham sofrido o golpe atroz das serras eléctricas dos jardineiros. Nada restava. Ficaram as raízes profundas escondidas na terra. Apenas isso.