Olá, Querido...

24-06-2013 15:36

Isto de ter de ir aos nossos sítios, ter de passar nos nossos sítios... é complicado. Estive na casa deserta dos meus pais, na casa deserta da minha comadre, em MNorte, bem próximo do QBaixo... Devia fugir deste país, devia emigrar para bem longe das recordações. Mas para isso teria de deixar cá a minha cabeça e o meu coração, porque senão ia acontecer como aconteceu nas mini férias...

E tu estás quase a ir de férias... eram nossas, lembras-te? Até àquele momento só eu sabia as tuas marcações. Tínhamos planos para todas. E agora? Vais seguir os planos com outra pessoa? Por favor, não vás aos nossos sítios... São nossos, apenas nossos. E num deles já devem sentir a nossa falta. Eu sinto falta de lá ir contigo... seria sinal que estávamos bem e felizes.

Quem me dera ter 250.000 euros... Resolvia grande parte dos problemas que tenho. Mas depois a minha única preocupação eras tu. E aí passava o dia todo a escrever aqui o que me apetece dizer-te e não posso porque me obrigas a estar longe de ti. E eu não gosto de impor a minha presença a ninguém. Já andei atrás quanto baste. Não é orgulho, é saber colocar-me no meu lugar. Se pensasse sequer que poderia haver uma réstia de esperança se continuasse a escrever-te, a ligar-te, a aparecer... não duvides que o faria constantemente, como sempre fiz. Mas não há. Tu estás noutra.

Quando ando no carro pareço maluquinha... Música aos berros para evitar pensar nas horas que passámos naquele mesmo carro. Naquele e em todos os outros que conduzo. Fazes parte da minha rotina diária, dos meus sítios, dos meus hábitos. Eu gritei ao mundo que te amava e agora o mundo obriga-me a estar calada.

Que saudades eu tenho de ti. Eu preciso de ti, não percebes isso?