Relacionamentos...

01-07-2013 18:24

Sabes o que eu penso muitas vezes? Quiseste "aguentar" um casamento que não faz sentido. Desde o momento em que há terceiras, quartas, quintas, sextas e "n" pessoas num casamento, ele deixa de fazer sentido. Seja de que parte for, seja por que motivo for. Uma paixão, uma relação estritamente sexual, um encantamento...

Um casamento, ou qualquer relação, tem de assentar numa base de verdade, de sinceridade, de transparência. Quando isso falta e há outras pessoas, o casamento, a relação, deixa de fazer sentido. Porque quando um casamento, ou uma relação está bem... não há espaço, não há lugar, para desviarmos as nossas atenções para outros lados, nem que à nossa frente apareça a melhor pessoa do mundo! Não há espaço para gostarmos de atenções por parte do sexo oposto, seja em que circunstância for. Fugimos disso, porque não queremos confusões com a pessoa que amamos. Tu sabes que é assim!

Desde há muito que há outras pessoas na tua vida... Eu bati mais forte, não me esqueceste e voltaste. Mas houve mais pessoas antes de mim e enquanto estivemos separados. Provavelmente vai haver mais pessoas. Eu sei de todas, tu disseste-me. Eu conheço tudo sobre ti, mesmo os teus relacionamentos com outras mulheres. Não entendes que, na esperança de não a deixar sozinha, a deixas constantemente sozinha? Dizias-me que ela ia ficar sozinha e que não sabia tratar de nada, e que não conseguia safar-se sozinha... "A necessidade aguça o engenho", sempre foi uma realidade. Quem tem esperteza para umas coisas... também se safa nas outras. Mas é bom fazer de dependente, de ignorante em certos assuntos, de forma a que não nos fuja a muleta... Eu nunca gostei de ter muletas, sempre fui à luta, sempre resolvi as minhas coisas. Bem ou mal, mas resolvo. E se fizer mal, para a próxima farei melhor. Faz parte do crescimento como pessoa, como ser humano independente e autónomo.

Tu não estás nessa relação como devias estar, ela não sabe nada da tua vida "exterior", não és tu, não és feliz. Pelo menos assim o dizias... Ou será que agora, com essa nova abertura, lhe contaste tudo, mesmo tudo? Não... Disseste-me que não contaste sobre nós há vinte anos atrás, por isso suponho que não tenhas contado das tuas outras escapadelas.

Para manter uma situação de aparência, de fachada, de habituação, de comodismo... será que justifica tornares tantas pessoas infelizes? Porque não és só tu que não estás feliz... é ela, sou eu, é quem gosta de mim e me vê assim, é quem gosta de ti e te vê assim. Valerá a pena o esforço que fazes? Para quê? O que pretendes provar com isso e a quem?

Dava tudo para saber o que sentes com a aproximação das tuas férias... Vais pensar nas últimas que tiveste e que disseste terem sido das melhores da tua vida? O que vai na tua cabeça, meu Querido? Tens passado muitos serões como passaste aquele que apelidaste de "o melhor serão de muitos anos"?

Tudo o que aqui escrevo já foi conversado entre nós, pessoalmente, em tempos idos. Mas às vezes tenho necessidade de voltar a escrever. Pode ser que escrevendo muitas e muitas vezes, consiga achar um sentido na nossa separação. De outra forma... não consigo, porque não faz sentido!