Férias...

27-06-2013 18:53

Dei por mim a pensar que tenho alguns convites para passar férias em alguns sítios do Algarve, já que me recuso a ir para a casa onde tive oportunidade de dormir o mais próximo de ti que me foi possível (está à venda por isso mesmo, nada mais)... Mas depois penso: "E se o encontrar nesses sítios?" O que faço? Fujo? Digo Olá e sigo o meu caminho? Não consigo fazer isso. Ou melhor, consigo, usando a minha frieza toda... mas depois fico de rastos o resto do tempo. Valerá a pena sair do meu conforto, do nosso lar, para ter bastante probabilidade de me encontrar contigo? Ainda por cima os convites coincidem com as "nossas" férias... 

Se eu aqui evito sair aos fins de semana para não te encontrar... fará sentido ir passar férias com amigos e encontrar-te a 300 quilómetros de distância? Fará sentido ir para sítios onde fomos os dois? Não creio. 

Estou na fase do fato de treino... só me visto para ir ao hospital e às compras, apenas porque parecia mal ir de fato de treino... Estou na fase em que não me apetece sair daqui para lado nenhum, não me apetece fazer nada a não ser pesquisar coisas para este blogue dedicado a ti e que tu nunca lerás. Que tu nunca descobrirás e não lerás porque não queres. "Que desperdício..." Tantas e tantas vezes dizíamos isso referindo-nos aos anos que passamos separados. Não seria essa a minha escolha óbvia? Tu que me conheces como ninguém? Tu que não precisavas de me ouvir para saber o que ia dizer? Tu que sabias tudo, mas mesmo tudo, da minha vida (e contado por mim...)? Tu, a quem eu me entreguei como nunca fiz com ninguém? E que desperdício continua a ser tudo isto...

Saio para passear o cão e para o que não consigo evitar. Nada me dá prazer, nada me motiva a sair. Não tenho vontade de ir ver filme nenhum, nem os que tenho aqui à espera de melhores dias. Não consigo ler, porque não passo da primeira página. Começo a ler e imediatamente começo a pensar em ti. Jogo os jogos tontos do fb. Vejo as poucas séries que dão no AXN durante o verão, e pouco mais. Casa impecável, como sempre. Isso não muda. Quando tenho filho para comer em casa, esmero-me e já cozinhei coisas bem boas que nunca tinha feito na vida. Cada vez que faço a sopa... lembro-me da que nós cá fizemos. E do antes, do durante e do depois...

Está complicado... Decididamente, é melhor ficar por aqui, escondida do mundo. Fugindo de ti, acompanhado. Prefiro recordar-te comigo.