Serei maluca?

17-08-2013 22:29

Quem me lê deve pensar:

"Que maluca que ela é,

continuar a amar

quem nem sequer vê!"

Quem souber o que sinto

entenderá por certo,

faz parte do meu instinto

tentar mantê-lo por perto.

Se de outra forma não pode ser,

tenho de arranjar uma alternativa,

escrevo e escrevo e volto a escrever,

tudo menos aceitar a partida.

Se a aceitar passa a ser real,

se a nego pode não ser definitiva,

tenho aqui uma questão vital,

uma questão que ainda não foi respondida.

Se acabou ou não, só ele sabe,

por mim não acabou...

continuo à espera da janela que se abre,

quando a porta principal se fechou.

Amar é ingrato,

mas também pode ser muito gostoso,

lá fora continuo a fazer o meu teatro

mas o meu blogue só pode ser afetuoso.

Negar sentimentos que existem,

não faz qualquer sentido,

muito menos esconder pensamentos que resistem

a todo este imenso tempo perdido.

Amar pode ser um riso,

mas também se pode transformar num choro,

no fundo temos de manter sempre um sorriso,

e viver a vida com muito decoro.

Se eu valer a pena ele voltará,

se não voltar é porque não o justifico,

mas responder a isso só ele saberá,

e se não voltar não o critico.

Teve liberdade para escolher,

teve toda a liberdade para optar,

se quiser verdadeiramente "Viver"

ele sabe que só o conseguirá se voltar.

Enquanto eu permanecer viva,

o meu coração a ele pertence,

vivo de forma mais evasiva

mas continuo a mesma indulgente.

Se calhar estou imensamente errada,

se calhar já não pensa mesmo em mim.

Nesse caso ficarei para sempre abandonada,

porque sem ele, a vida não faz nenhum sentido para mim.

Mas eu sei que não estou errada, 

e não é por ser convencida,

é por ter sido por ele amada

e por não me dar nunca por vencida.

"Só a morte não tem remédio",

é um ditado bem verdadeiro,

no meio de todo este imenso tédio,

há que ter um espírito aventureiro.

(Mafalda)