O teu gemido chega ao meu coração,
agonia que não tem fundamento,
eu sei que me deste o teu perdão,
mas a nossa sentença eu lamento.
Chamas por mim de forma discreta,
vais ter de te esforçar mais...
Não voltarei a viver uma vida secreta,
quero brincar nos arraiais.
Precisas de mim, eu sinto,
mas onde estás não te posso valer.
O meu fado é que pressinto
mas nada posso fazer.
Não depende mais de mim,
apenas tu podes optar,
eu continuo aqui, assim,
à espera de te abraçar.
Também eu preciso de ti,
de uma forma inimaginável,
se ainda fores a pessoa que sempre conheci,
está na altura de fazeres a tua viagem.
Não mudas, eu sei,
és um ser excecional,
nunca na vida esperei,
que deixasses de me ser leal.
Assim não é viver,
viver assim não faz sentido.
Não tens nada a temer,
o que eu sinto por ti nunca será esquecido!
(Mafalda)