Não me interpretes mal,
que eu só quero o teu bem estar.
Apenas na vida surreal
se pode "amar" e "gostar".
Entendes o que acabei de dizer,
só tu e mais ninguém,
mas como tu nunca vais ler,
eu escrevo porque me convém.
Desabafo o que me incomoda,
declaro-te sempre o meu amor,
tenho os amigos que me acomodam
não tenho mais um aspeto sofredor.
Aprendi duramente
que não podia acreditar em sonhos,
vivi intensamente
e ficaram apenas uns olhos tristonhos.
Tu sabes o que eu sinto,
conheces-me muito aquém.
Neste momento sabes que pressinto,
que tu não podes estar bem.
Preocupo-me contigo,
como sempre fiz e farei.
É um defeito antigo
que nunca perderei.
(Mafalda)