Não tenho nada de novo a contar, mas apetece-me escrever um bocado.
Sim, é prosa, eu sei. Nem sempre as ideias se atrapalham umas às outras e saem em forma de verso ou de rima.
Estou cansada, mas fico admirada com a minha calma. Realmente consigo alhear-me de sentimentos quando a necessidade me obriga a isso. Consigo raciocinar e ser fria quanto baste, para manter a cabeça no lugar e procurar arranjar soluções para os problemas com que nos deparamos frequentemente.
Chego a pensar se não terei mesmo o dito coração de pedra... Acho que não, mas já não posso garantir.
Bloquear interiormente os meus sentimentos por ti, não os poder expressar assiduamente nem verbalmente, não poder dar mimo e não poder receber mimo, não poder dar o amor que tu mereces e não poder receber o teu amor... tudo isso torna-me mais fria. Estou outra vez como estive 17 anos. Alheada dos meus sentimentos por ti. Adoro-te, preciso de ti, mas a realidade é que não estás comigo. Estarás um dia... Quando? Não sei responder a isso.
E até lá eu tenho de sobreviver da melhor forma que sei. Sendo racional e deixando a emoção bem guardadinha lá no fundo do meu coração.