Perdida num estado inebriante
tento atravessar cortinas de nevoeiro,
passo a passo vou hesitante
à procura de um sonho verdadeiro.
As cortinas são densas e cerradas,
dificilmente se deixam atravessar,
por mais voltas que dê nunca acho as estradas
que me permitem libertar.
Sinto-me enredada numa densa teia,
sinto-me presa dentro de mim,
continuo a olhar de forma alheia
para os motivos por que te afastaste assim.
Perdida num estado de embriaguez,
sem qualquer teor alcoólico,
não quero acreditar que seja de vez,
continuo imersa num estado bucólico.
(Mafalda)