Envolta na escuridão,
na negrura de uma noite sem estrelas,
passo apressado, com o cigarro na mão,
às lembranças, não quer, nem tê-las.
Se cada passo dado falasse,
se cada local contasse a sua história,
se ainda hesitasse
em esconder toda a memória.
Trajetos que são feitos em modo automático,
sem olhar, sem recordar,
às vezes faz falta um pouco de reumático
que obrigue apenas a parar.
Passar pela vida
sem ter nada para recordar,
devia fazer sentido
para quem não quisesse sonhar...
(Mafalda)