Sentada confortavelmente dentro da nossa casa,
observo este maravilhoso entardecer.
Mistura de cores que é um prenúncio de brasa,
e escrevo porque já não sei mais o que fazer.
Viciei-me na escrita,
nesta nova forma de falar contigo,
embora muito me repita,
continuo a sentir que me puseste de castigo.
Adorava ter-te aqui a meu lado,
para observarmos todos os fins de dia.
Estaríamos agora num abraço calado,
com as nossas mentes em perfeita sintonia.
Sonho contigo constantemente,
só assim consigo superar a tua ausência.
Vou amar-te eternamente,
nem que com isso atinja uma total demência.
(Mafalda)