Acordar numa cama imensa,
sem ninguém a meu lado...
Será que compensa
ter o meu coração encarcerado?
Passear o meu cão,
cumprimentar quem passa...
Será que a minha solidão
nunca vai ganhar asas?
Arrumar a minha casa,
tarefa rotineira...
Será que não há quem faça
uma vida interesseira?
Seguir a normalidade do dia,
mais uma canseira infinita...
Será que há quem sorria
e quem não tenha tamanha desdita?
(Mafalda)
