É do nosso sangue que sai a poesia,
da dor que sentimos entranhada na pele,
sai uma rima em forma de agonia,
é sempre um sofrimento que nos impele.
Versos chorados,
poemas sofridos,
relacionamentos esgotados,
amores esquecidos.
Deixamos os dedos traçarem o seu próprio caminho,
libertamos emoções sem nada deixar transparecer para quem nos observa,
não há retorno, deixou de haver carinho,
seguimos sem saber o que o futuro nos reserva.
Poesia é lágrima que escorre por um rosto,
é aperto num coração dilacerado,
é a forma mais subtil de um desgosto,
vem da nascente de um amor abandonado.
Escrever para soltar a emoção,
para dizer tudo o que já não se pode dizer,
para libertar o pensamento da confusão,
é o melhor remédio para quem não consegue esquecer...
(Mafalda)