Falar, falar, falar...
Palavras e mais palavras foram ditas.
Em nada vão condicionar
aquelas que agora são escritas.
Repetição exaustiva de emoções,
pensamentos cheios de dor,
recordação de sublimes sensações,
vidas em turbilhões sem cor.
Por muito que eu ainda vá escrever
ou se parar já neste momento,
em nada ambas me vão valer
porque tu não ouves o meu chamamento.
Chamo constantemente por um surdo,
erro meu que ainda não percebi,
não deixa de ser absurdo
chamar por quem não quer ouvir...
(Mafalda)