Moro num segundo andar
de um prédio com elevador,
para cá devias estar a caminhar
se ainda me sentisses amor.
Moro num prédio de quatro andares,
com dois moradores por piso,
só cá tens possibilidades de realizares
tudo o que te apetece de improviso.
Sem rotinas rotineiras,
sem hábitos habituais,
sem marcar as horas prazenteiras
sem contextos artificiais.
Moro no sítio onde me deixaste,
moro no local onde também devias estar,
até hoje não percebo como acabaste,
como deixaste tão facilmente de me amar.
(Mafalda)
