Já ninguém quer saber
de um amor proscrito
onde já tudo foi dito
e nada mais há para entender.
Já ninguém se interessa
por uma escrita repetitiva
onde surge sempre a promessa
de uma vida bem vivida.
Já ninguém dá valor
a sentimentos verdadeiros
onde se mostra o interior
sem nenhum tipo de receios.
Já ninguém tem capacidade de sonhar
com felicidade a tempo inteiro
sem saber onde se vai parar
tal é a incerteza do timoreiro.
Já não há ninguém
que cumpra os requisitos
de conseguir ir mais além
sem embarcar em navios esquisitos.
Já não há ninguém
que satisfaça a insatisfação
que sente um outro alguém
que foi remetido para uma eterna solidão...
(Mafalda)