Habituar-me à ausência
não tem nenhuma ciência
é apenas a constatação de um facto.
Habituar-me a não ter hábitos,
habituação imposta pela tua solução.
Sobreviver no aqui e no agora,
esquecer quem outrora
dizia não saber viver sem mim,
dizia não poder estar longe assim.
Hábitos que se perdem,
para darem lugar a nada,
momentos de solidão que se temem
e que me deixam desconsolada.
Hábitos felizes que desapareceram,
momentos que eram sonhos reais.
Pobres são os que não esqueceram
e continuam atrás dos seus ideais...
(Mafalda)