Dizeres que ias resolver à tua maneira,
dizeres para eu acreditar no que quisesse...
Foi a forma mais certeira
de fazer com que nada acontecesse.
Dizeres que me revelei,
dizeres tudo o que te apeteceu,
não foi a forma com que eu sonhei
para resolver um amor como o teu.
A palerma aqui sou eu,
que continuo à espera de nada,
à espera do que um dia pode vir,
se entretanto eu não sucumbir.
Sabes, Querido,
porque insistirei neste sentimento,
neste amor sofrido,
neste lamento?
Gosto de ti, não o nego,
mas de nada vale o que sinto,
tenho de ganhar desapego
tenho de sair deste labirinto.
Como o farei, não sei,
aceitam-se sugestões,
amei, amo e amarei
mas não posso viver mais com estes grilhões...
(Mafalda)