Para quê mostrar o que sou,
Se nada adianta para a minha felicidade,
A partir de hoje apenas vou
Mostrar a minha grande inacessibilidade.
Se não me “tocarem” ando bem,
Vivo de acordo com o que tenho,
Fechei de vez a porta a alguém,
Escusam de testar mais o vosso engenho.
Fria!
Como nunca devia ter deixado de ser,
Assim não sinto mais a agonia
De querer e não poder ter.
Acabaram-se os monólogos intermináveis,
Acabou qualquer contato com o exterior,
Amizades e trabalho são palpáveis
E nada mais quero em meu redor.
Não vale a pena investir,
Quando o retorno é sempre igual.
Sim, talvez esteja a desistir
Porque de nada adianta, afinal...
(Mafalda)