Mover montanhas,
nadar contra a corrente,
haverá quem venha
e me alente?
Quando só um puxa,
fica complicado ganhar,
às vezes fico roxa
de tanto esforço efetuar.
Deixar-me ir ao sabor do vento,
nunca foi a minha forma de estar.
Mas há momentos em que o desalento
se instala para ficar.
Posso escolher imagens de esperança,
de força, de concretização...
Mas só entende quem passa por esta andança
e não tem ninguém a quem dar a mão.
Apenas queria o teu abraço,
bem apertado e silencioso.
Mas para isso nada faço,
senão volta o ciclo vicioso.
Sinto muita falta da tua presença,
ainda mais nestes momentos tão complicados.
Mas alguém ditou uma sentença
em que não fomos ouvidos nem achados.
(Mafalda)
