Se não soubesse o que era a dor,
facilmente aprenderia,
piquei-me num enorme espinho
perdido na ventania.
Nem o vi chegar,
atingiu-me suavemente,
veio para ficar
e eu senti-me dormente.
Um veneno muito doce,
parecia verdadeiro mel,
pena que fosse
afiado como um bisel.
Entranhou-se no meu corpo,
no meu sangue, na minha cabeça,
partiu com um sopro...
O veneno ficou e não há nada que o impeça!
(Mafalda)