De negro me visto
da cabeça até aos pés,
a tudo eu resisto
até que um dia é de vez.
De negro me sinto
o meu sangue escureceu,
nada mais pressinto
deixei de ser eu.
Negro está o meu coração
só tenho escuridão no olhar,
aceito apenas esta sublimação
que me obriga a continuar.
Negrura intensa que deixei chegar,
sabia que aconteceria no dia em que desistisse,
já não tenho mais nada a que me agarrar,
seria bem mais fácil se apenas partisse...
(Mafalda)